quarta-feira, 27 de junho de 2018

12) O Fato de que o evangelho da Graça de Deus Não Será Pregado na Tribulação Mostra que o Arrebatamento Já Terá Ocorrido

“O evangelho da graça de Deus” (At 20:24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4:23; 24:14) que será pregado durante a tribulação são inteiramente diferentes. São dois evangelhos distintos pregados para dois propósitos distintos. O evangelho da graça de Deus chama pessoas para o céu; o evangelho do reino chama pessoas para as bênçãos sobre a Terra. O evangelho pregado hoje anuncia uma esperança, chamado e destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1:5; 1 Pe 1:4; Fp 3:20; 2 Co 5:1-2; Hb 3:1). O evangelho do reino, que será pregado na tribulação, anuncia uma bênção terrenal sob o reinado de Cristo no Milênio (Mt 24:14; Sl 96). O evangelho do reino anuncia as boas novas que o reino prometido no Velho Testamento (2 Sm 7:16; Dn 2:44-45, 7:9-27) está para ser estabelecido e aqueles que receberem o Rei em fé irão ter parte nas suas bênçãos terrenais. Foi primeiro pregado por João Batista na primeira vinda de Cristo (Mt 3:1-2). O Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4:23, 10:7). A pregação deles era chamar as nações a se arrependerem e assim ficariam num estado apropriado para receberem o Rei. Se o tivessem recebido, Ele teria estabelecido o reino como prometido pelos profetas do Velho Testamento. Mas infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e assim perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação. Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino não foi mais anunciado porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Ao invés disso, Deus enviou o evangelho de Sua graça ao mundo gentio para chamar dentre eles um povo para o Seu Nome (Atos 13:44-48, 15:14; Rm 11:11). Este evangelho ainda está sendo pregado hoje.
O evangelho do reino será pregado novamente pelo remanescente judeu piedoso após a Igreja ser chamada ao céu. Nesse tempo, Deus retomará Seus tratamentos com Israel de onde parou há quase 2.000 anos. Israel será salvo no dia vindouro (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9:6-8, 11:26-27) e o reino será introduzido em poder (Ap 11:15).
O ponto que precisamos ver é este: não há menção do evangelho da graça de Deus sendo pregado na tribulação – apenas o evangelho do reino (Mt 24:14). A razão óbvia é porque o evangelho da graça chama crentes para serem parte da Igreja e como a Igreja não estará na Terra durante a tribulação, ele não será pregado.
Deus não enviará dois diferentes evangelhos ao mesmo tempo. Isto seria confusão e iria confundir a chamada celestial com a chamada terrenal com suas respectivas esperanças e destinos. Entender esse ponto nos revela que é impossível ter a Igreja e o remanescente judeu crente no período da tribulação ao mesmo tempo. Se, durante a tribulação, o evangelho da graça de Deus chamasse os crentes dentre os judeus e gentios e os colocasse na Igreja, cada vez que um judeu cresse no evangelho da graça, ele seria tirado de sua posição judaica e seria feito parte da Igreja (Rm 11:5; Gl 6:16 – “o Israel de Deus”). Assim, nunca haveria um remanescente judeu crente! Uma consideração cuidadosa dessa questão provaria que a Igreja e o remanescente judeu não poderiam estar na Terra ao mesmo tempo.

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