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O tribunal de Cristo será estabelecido no
céu, onde o Senhor Jesus Se assentará como um Juiz. Ele irá rever a vida de
cada crente. A ordem da sessão será:
- Revisão;
- Recompensa;
- Regozijo.
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Existem dois tipos de juiz na sociedade.
Cristo executará julgamento em ambos os caracteres. Um é o juiz que atua em um
caráter penal, investido de autoridade para lavrar a sentença de juízo sobre um
réu culpado – isto é, o juiz que atua nas cortes judiciais de um país. O crente
nunca se encontrará diante de Cristo quando
Ele julgar nesse caráter. Não são os pecados do crente que estão em questão no tribunal
de Cristo; isto já foi resolvido de uma vez por todas pela fé que o crente tem na
obra completa de Cristo na cruz. O conhecimento disto dá ao crente uma grande
confiança ao pensar no dia do julgamento (1 Jo 4:17).
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O crente pode descansar na plena confiança
e certeza na Palavra de Deus que lhe afirma que “não entra em juízo [julgamento[1]]” (Jo 5:24 – ARA; Rm 8:1). O outro tipo
de juiz é o que atua como um árbitro, tendo conhecimento suficiente para
decidir o mérito de um determinado assunto – isto é, um juiz de um concurso ou
exposição de arte. Este tipo de juiz aprecia a qualidade e beleza de uma
determinada obra em exposição. É neste segundo caráter que Cristo é visto como um
Juiz para com os crentes. Deus mantém livros (registros). Quando uma pessoa é
salva, o Senhor encerra a coluna de débitos da contabilidade dessa pessoa e
abre a coluna de créditos. A partir daquele momento tudo na vida do crente que
for feito para Cristo será lançado para um futuro galardão ou recompensa. Cada
crente será recompensado por sua fidelidade em sua vida (1 Co 4:5). O tribunal
de Cristo é quando essas recompensas são entregues.
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As ações do crente (2 Co 5:10), seu
serviço prestado ao Senhor (1 Co 3:9-15), seus motivos (1 Co 4:4-5; Rm
2:15-16), suas palavras (Mt 12:36-37), e seu exercício pessoal (Rm 14:1-12) – tudo será repassado e revisto diante dos
santos olhos do Senhor Jesus Cristo. Tudo na vida do crente será manifestado
naquele dia, tanto o que praticou antes,
como depois de sua conversão, pois as
Escrituras dizem: “Segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5:10).[2]
Quando
defronte ao trono, prostrado,
Sem
mérito, por Ele, adornado,
Contemplarei
o Senhor, revelado
E
saberei, o que não sei, e me foi dado.
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Tudo o que acontecer no tribunal de Cristo
aparentemente será uma questão tratada entre cada santo e Deus. Não será uma exposição pública diante de
outros.[3]
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As coisas que os santos fizeram durante a
vida que não estiverem de acordo com a aprovação do Senhor serão queimadas e
eles não receberão recompensa por elas (1 Co 3:14-15).
No
tribunal de Cristo, então assentado,
Por
Ele, Seu plano, sobre mim, explicado,
O
plano da minha vida, como fora feito,
Se
tivesse sido do Seu jeito
e
vejo, como o bloqueei aqui
E
o entravei ali,
Não
cedendo em meu querer.
Poderá,
no olhar do Salvador, tristeza ter,
Embora
ainda me ame e se possa ver?
Queria-me
rico, mas eis-me pobre,
Despojado
de tudo, exceto Sua graça nobre,
Minha
memória foge-me qual caça a seguir
Por
caminhos que não posso mais ir.
Senhor,
os anos que ainda tenho,
Eu,
em Tuas mãos, empenho.
Toma-me,
quebranta-me, amolda-me,
Segundo
o plano com que Tu modelas-te-me.
[1] N. do T.: As palavras gregas “krisis” e “krima” são indistintamente traduzidas nas versões brasileiras como
julgamento, juízo e condenação. Alguém estar doente não significa que vai
morrer, mas está passando por uma “krisis”.
Alguém ter agido contra a lei significa que será condenado por um “krima”. Daí as palavras “crise” e
“crime”. “Krisis” corresponde à sessão de um julgamento. “Krima” indica o resultado do julgamento – a decisão tomada, a sentença real. João
5:11 afirma que o crente sequer entrará à “sessão de julgamento divino” (“krisis”), pois Cristo a enfrentou por
nós na cruz. W. Scott disse: “O julgamento e a condenação não significam a
mesma coisa: a condenação é futura e final. O julgamento a precede”. J. N.
Darby afirma em nota de rodapé em Lucas 20:47 que a palavra “juízo” (ARA – “krima”) é “a sentença passada sobre a coisa acusada como culpada”.
[2] N. do A.: Alguns
podem pensar por que seria necessário manifestar as coisas que os crentes
fizeram antes de terem sido salvos? Mas a Escritura mostra claramente que se
trata das ações que “tiver feito por
meio do corpo”, e não das ações praticadas após a conversão (2 Co 5:10).
Todos estávamos no “corpo” antes de
sermos convertidos. Nessa ocasião os santos estarão glorificados e não serão
contaminados quando tais coisas forem reveladas. Uma das razões pelas quais o
Senhor nos irá mostrar tudo o que aconteceu em nossa vida, tanto antes como
depois da conversão, é para nos mostrar quão grande era nossa dívida. Isso
magnificará Sua graça que nos foi de encontro a todas as nossas necessidades.
Além disso, a fim de demonstrar a nós a razão de Ele ter permitido provas e
dificuldades em nossa vida, será necessário voltar e repassar nossos dias antes
da conversão para nos dar uma imagem clara do que realmente éramos e o que Ele
estava realizando em nós. Algumas das disciplinas pelas quais passamos como
Cristãos são o resultado da forma como Deus nos tratou para nos livrar dessas
características que carregávamos desde os dias da incredulidade. Em meio ao
registro das falhas do crente (e certamente todos falhamos), Ele encontrará
motivos para recompensar o Seu povo pelas coisas que fizeram por causa do Seu
nome. Pensar que Ele encontrará motivo para recompensar os Seus santos fará com
que o coração deles seja vencido com a percepção do Seu amor e graça, de uma
maneira que não poderia ser atingido se tudo não fosse revelado. Isso resultará
nas mais altas e vibrantes notas de louvor “aqu’Ele
que nos amou, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados” (Ap 1:5-6).
Nao concordo com essa argumentaçao porque, " NO CORPO", nos estamos tanto antes quanto depois de convertidos. Estamos salvos, mas, ainda estamos na carne e somos pecadores. A diferença e que depois de salvos temos o pecado debaixo de " redea curta".Entendo que esse Tribunal valera para as obras apos nossa conversao. Ate porque, a Biblia diz que os tempos de Ignorancia nao sao levados em conta.Por favor me expliquem melhor essa questao. Grato
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