Estes
versículos mostram que quando a sexta taça for derramada, a confederação de
reis do Oriente dará início ao seu avanço em direção à terra de Israel (v. 12).
Isso corresponde aos movimentos dos exércitos mostrados no ponto nº 2 do sumário (Esta é a mesma confederação mencionada em
Daniel 11:40-45, sob a liderança do rei do norte. Quando estes exércitos são
mencionados na Escritura em oposição ao rei do sul eles são mencionados como os
exércitos do rei do norte, mas quando eles são mencionados em oposição aos
poderes do Ocidente (a besta), são mencionados como “os reis do Oriente” (Ap 16:12). O livro de Apocalipse desenvolve a
profecia principalmente do ponto de vista Ocidental. Portanto é apropriado que
aqui sejam chamados “os reis do Oriente”.
Em Isaías e Miqueias são chamados Assírios porque esses profetas desenvolvem a profecia
num tempo quando a Assíria era a grande inimiga ao norte de Israel[1].
À medida que esses reis confederados provenientes do ocidente (e
do norte) de Israel vierem, os exércitos ocidentais, sob a liderança da besta
se reorganizarão e unirão suas forças para entrar na terra (vs. 13-14). Este é o ponto nº 3 do sumário.
Quando os exércitos ocidentais entrarem na terra de Israel, o
Senhor descerá do céu como “um ladrão”
(v. 15). Ele julgará a confederação ocidental sob a figura da Babilônia (política)
(a sétima taça – vs. 17-21)[2]. Este é o ponto nº 4 do sumário.
Este esboço cobre apenas do ponto nº 2 até o nº 4, mas note que a
ordem é mantida, embora nem todas as batalhas do sumário sejam apresentadas. O livro
do Apocalipse, por estar no Novo Testamento, desenvolve a profecia,
principalmente, sob o ponto de vista ocidental, por isso ela termina na sequência
das batalhas quando os exércitos ocidentais são destruídos. Embora Apocalipse
16:14 anuncie que mais batalhas irão acontecer (ao indicar que os exércitos “de todo o mundo” [Ap 16:14] vão sendo atraídos
à terra de Israel), tais batalhas não são descritas por não ser este o assunto
do livro de Apocalipse.
[1] N. do A.: T. B. Baines, “The Revelation of Jesus Christ”, pág. 216.
[2] N. do A.: É importante distinguir entre a Babilônia
religiosa e a Babilônia política. O julgamento referido aqui não é o julgamento
da Babilônia religiosa (a grande prostituta). O julgamento da Babilônia
religiosa acontecerá próximo da metade da semana, quando a Babilônia política,
liderada pela besta em pessoa se revolta sob o poder religioso (a prostituta) e
a destrói (Ap 17:16). Apocalipse 16:17-21 se refere ao julgamento final da
Babilônia em sua ordem política sob a liderança do pequeno chifre de Daniel 7
(a besta em pessoa). Como regra, sempre que a Babilônia é descrita como “a prostituta” no livro de Apocalipse,
refere-se ao lado religioso, mas quando a Babilônia é descrita como uma “cidade”, refere-se ao lado civil ou
político. Deve ser notado que em Apocalipse 14:8, as palavras “a grande cidade” não deveriam estar no
texto – veja na tradução ARA, TB e AIBB – porque aquele versículo se refere à
Babilônia religiosa.
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