quarta-feira, 27 de junho de 2018

16) Miqueias 1–7


Miqueias inicia sua profecia anunciando que o Senhor (Adonai) estava prestes a vir em julgamento sobre Israel. O Senhor executaria Seu juízo sobre eles por intermédio dos assírios que eram Seu instrumento voluntário. O primeiro capítulo fornece um vívido relato das invasões daquele grande inimigo que o Senhor usaria. Miqueias fala do Senhor, como se fosse Ele próprio o líder desses exércitos invasores (Mq 1:3; Is 10:5-6; Jl 2:11 – “Seu exército”). Ainda que essas coisas se tenham cumprido na história pelos assírios (primeiro por Salmanasar, depois por Sargom e, finalmente, por Senaqueribe), elas prefiguram a futura invasão da terra de Israel no final da 70ª semana de Daniel.
Samaria, a capital do reino do norte de Israel, seria devastada primeiro, quando os assírios descessem vindos do norte (Mq 1:1-7). Então os assírios seguiriam para o sul, rumo a Judá, indo até Jerusalém (Mq 1:8-9). Outras cidades na terra de Israel seriam devastadas ao longo do caminho pela invasão (Mq 1:10-16).
Os capítulos 2 e 3 revelam as causas morais dos juízos de Deus sobre Seu povo por meio dos assírios. O povo estava envolvido em práticas ímpias (Mq 2:1-6), e havia rejeitado a Palavra de Deus (Mq 2:7-11). Na última parte do capítulo 2, Miqueias mostra que ainda que o povo tivesse abandonado ao Senhor, Seu propósito de abençoar a Israel ainda se cumpriria. Mas, seria cumprido apenas num remanescente (Mq 2:12). Antes que Ele pudesse fazer isso, o remanescente de judeus deveria estar num correto estado moral, o qual Ele produziria neles por meio das invasões assírias que assolariam e arrasariam a terra. Como resultado, eles ficariam completamente humilhados e arrependidos (Mq 2:13).
O capítulo 3 expõe um mal ainda mais sério. Os líderes da nação e os profetas estavam corrompidos! (Mq 3:1-7) Deus não mais suportaria isso e, portanto, Sião (Jerusalém) seria “lavrado como um campo” e se tornaria um montão por meio dos exércitos assírios assoladores. Entretanto, na história, os assírios nunca capturaram Jerusalém, muito menos a lavraram como a um campo. Isso mostra que o Espírito de Deus realmente tinha o dia futuro em mente quando moveu Miqueias a escrever essas coisas a respeito das invasões assírias. Os capítulos 1 a 3 têm, portanto, aplicação profética ao que acontecerá no ponto nº 2 do sumário.
Então, no capítulo 4, Miqueias vê Israel em seus últimos dias, restaurado e abençoado por Deus. Isso é mais uma prova de que as profecias passadas tinham a intenção de mostrar mais do que as circunstâncias imediatas das invasões assírias na história; pois o que temos nesse capítulo certamente não se cumpriu em nenhum momento após a passagem dos assírios pela terra naquele dia. Essas coisas referem-se tão somente a um tempo futuro, ainda por se cumprir.
Miqueias vê Jerusalém reconstruída e tornando-se o centro de adoração e aprendizado do conhecimento do Senhor na Terra (Mq 4:1-5). Ele fala também das tribos de Israel, que estavam dispersas por toda parte, sendo reunidas de volta à sua terra (Mq 4:6-10). Isto corresponde ao intervalo entre os pontos nº 5 e nº 6 do sumário.
Quando Israel (um remanescente de todas as doze tribos) estiver estabelecido em sua terra, sob as bênçãos do Senhor, Miqueias relata que haverá uma nova confederação de nações que reunirá suas forças contra eles. Isso pode ser, profeticamente, uma referência ao segundo ataque dos assírios (Gogue – Rússia). Miqueias revela que o Senhor os fará vir àquele tempo, para que possa julgá-los, e assim pôr um fim em todas as guerras da Terra (Mq 4:11-12). Isso corresponde ao ponto nº 6 do sumário.
O Senhor não apenas destruirá sua enorme confederação, mas Ele também encorajará o Israel restaurado a lutar e subjugar as nações que a seguirem nessa confederação (Mq 4:13). Este é o ponto nº 7 do sumário.
O capítulo 5 vai mais além tratando do cerco assírio do quarto capítulo. O primeiro versículo mostra as tropas assírias (Gogue e seus confederados) juntando-se contra Israel.
O versículo 2 é um parêntese que relata a primeira vinda de Cristo e Sua rejeição por Seu povo. Isso é revelado para mostrar que Jesus Cristo, O mesmo a Quem eles rejeitaram há tanto tempo, será seu Libertador num dia vindouro. O versículo 3 mostra os judeus sendo colocados de lado, nos caminhos de Deus, como consequência de rejeitarem a Cristo (Rm 11:16-27). O versículo então omite o presente período da obra de Deus entre os gentios durante os últimos 2.000 anos (At 15:14), e olha para os futuros tratamentos do Senhor com Israel quando Ele irá voltar a tratar com eles, restaurando-os e abençoando-os em sua terra.
Os versículos 4 e 5 revelam que o Senhor Se colocará junto a eles como seu grande Protetor quando os assírios (segundo ataque) vierem à terra de Israel.
Os exércitos de Israel também sairão numa vitoriosa campanha sobre seus inimigos após o Senhor haver derrotado a Assíria. Nessa época, o poder militar de Israel será como o de um leão devorando sua presa (Mq 5:5b-9). Novamente, essas coisas correspondem aos pontos nº 6 e nº 7 do sumário.
A última parte do capítulo mostra que toda idolatria e confiança humanas serão removidas de Israel naquele dia e eles confiarão plenamente no Senhor (Mq 5:10-15).
Os capítulos 6 e 7 formam um apêndice, descrevendo o lado moral da restauração de Israel. Esta porção contém os exercícios pelos quais passará o remanescente no caminho de sua restauração. O capítulo 6:1-16 revela que em meio a todos os problemas que enfrentarão naquele dia, ouvirão a voz do Senhor falando a eles. O capítulo 7:1-10 registra a oração penitencial do remanescente. No capítulo 7:11-20 está a graciosa resposta do Senhor à humilde confissão deles. Ele promete restauração e bênçãos, perdoando suas iniquidades e lançando seus pecados nas profundezas do mar.

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