sexta-feira, 15 de junho de 2018

A Grande Tribulação


O remanescente judeu e os gentios que crerem no evangelho do reino que será pregado naqueles dias, irão se recusar, por motivo de consciência, a adorar a imagem da besta ou a receber o seu sinal. Isso atrairá a amarga ira da besta e do anticristo que juntos promoverão a mais terrível perseguição que o mundo já conheceu, contra aqueles que recusarem seu sistema de controle. Eles farão “guerra aos santos” na terra profética e vencerão a muitos pelo martírio (Ap 12:6, 13-17, 13:7, 13; Dn 3:1-25*, 7:21; Mt 10:16-23, 24:21-22; Mc 13:19; Mq 7:2). Entretanto, aqueles que recusarem o sinal da besta e morrerem como mártires por causa da sua fé são os verdadeiros vitoriosos (Ap 15:2).
A terrível perseguição desencadeada pela besta e pelo anticristo dará início à “grande tribulação” que continuará pelo período de 1.260 dias, contados a partir da metade da semana profética (Esse período é 18 dias menor do que os últimos 3½ anos[1] – que são 1.278 dias). Este é também chamado de “tempo de angústia” (Jr 30:7; Mt 24:21-22; Dn 12:1; Ap 12:6; Tg 5:17; Ap 8-11:18 – o sétimo selo).
A besta e o anticristo assumirão então o total controle da terra de Israel. Eles a controlarão durante os últimos 3½ anos como sendo parte do seu império. Todos os que estiverem na terra estarão sujeitos a eles[2] (Ap 11:2; Lc 21:24; Êx 3-12*).
Considerando que o verdadeiro conhecimento de Deus será abolido dos domínios da besta e do anticristo (o Império Romano revivido), haverá fome pela Palavra de Deus. As pessoas buscarão pela Palavra do Senhor e não a encontrarão (Am 8:11-12).
A perseguição durante a grande tribulação será tão severa que as pessoas hesitarão em contar seus pensamentos até mesmo aos cônjuges ou membros da própria família, por medo de serem denunciadas às autoridades. O amigo mais íntimo não será confiável (Jr 9:4-5; Mq 7:2, 5-6; Mt 10:21-23).
Em razão de Jerusalém e a terra de Israel terem sido entregues à impiedade da idolatria que o anticristo irá introduzir, e devido à perseguição que irá se levantar, o remanescente judeu será forçado a fugir para as montanhas, cavernas e fendas da Terra em busca de segurança. Eles serão caçados além de qualquer medida (Is 66:5; Sl 42-72 – o segundo livro dos Salmos; Mt 24:16-21; 1 Sm 19-27*; 2 Sm 15:13-17:29*; Jr 36:26*; Ap 12:6, 14-15).
Alguns do remanescente judeu fugirá para as montanhas da Judeia em busca de abrigo (Mt 24:16).
Outros, do remanescente, fugirão para a terra de Moabe – atual Jordânia (Is 16:3-4; 1 Sm 22:3-4; Sl 44:11, 61:2).
Outros seguirão para o norte, à região do monte Hermom, no sul do Líbano (Sl 42:6).
Ainda outros do remanescente irão para as várias cidades de Israel pregando o evangelho do reino[3] (Mt 10:23).
Embora a maior parte do remanescente fugirá, alguns permanecerão em Jerusalém. Deus os usará para manter um testemunho adequado lá para Si mesmo em face da idolatria (representado pelas “duas testemunhas”). Eles serão protegidos milagrosamente por Deus até que se complete o período de seu testemunho, que é de 1.260 dias (Ap 11:3-13).
Embora muitos do fiel remanescente judeu sejam divinamente protegidos, alguns deles sofrerão o martírio[4] (Sl 12; Jo 16:2; Ap 13:7; Dn 7:21; Is 57:1-2; Mq 7:2).
Aparentemente não choverá na terra de Israel durante a grande tribulação – os últimos 3½ anos (Ap 11:6; 1 Rs 17:1*; Tg 5:17; Dt 11:16-17).



   [1] N. do A.: W. Scott, “Exposition of Revelation”, pág. 230, C.E. Lunden “Time Chart”, pág. 11.

    [2] N. do A.: No passado a antiga Babilônia manteve os judeus em cativeiro, mas eles serão mais uma vez cativos da Babilônia (os poderes ocidentais) por intermédio da besta e do anticristo, e mais uma vez necessitarão de livramento. A libertação dos judeus de outrora chegou com a vinda de Ciro, o rei da Pérsia, chamado de ungido do Senhor, que derrotou os babilônios (Is 45-48:20). Ciro é uma figura do Senhor Jesus Cristo, que aparecerá no final dos sete anos de tribulação para destruir a besta e o anticristo, dando livramento ao remanescente fiel. Após Ciro haver libertado os judeus, ele deu ordens para que reconstruíssem o templo em Jerusalém e restabelecessem a adoração a Deus (Ed 1:1-11; Is 45:13), o que o Senhor Jesus também fará naquele dia vindouro (Ez 40-48).

   [3] N. do A.: Eles não esperarão, necessariamente, até a ascensão do anticristo para fazer isso. Alguns estarão pregando o evangelho do reino na primeira metade da semana também – e serão mortos por fazê-lo. (Ap 6:9-11).
   
   [4] N. do A.: Existirão duas classes de santos que crerão no evangelho do reino durante os sete anos de tribulação. Uma será a porção preservada (Ap 7:1-17, 14:1-5) que sairá da tribulação para desfrutar a bênção milenar sobre a Terra. A outra classe será constituída pela porção martirizada que serão aqueles que morrerão nos primeiros 3½ anos sob o reinado da mulher – a falsa igreja (Ap 6:9-11) – e os que morrerão nos últimos 3½ anos sob a perseguição da besta e do anticristo (Ap 15:2-4). A porção dos martirizados será mais tarde ressuscitada e vista reinando juntamente com Cristo nos céus (Ap 20:4).

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