O capítulo 26 Jeremias prediz a destruição do templo e da cidade
de Jerusalém pelos exércitos confederados (Jr 34:1; 2 Rs 24:2) sob
Nabucodonosor (vs. 1-9). Como já vimos, ele e seus exércitos são, na profecia,
uma figura do rei do norte e da confederação árabe. Jeremias (que é figura do piedoso
remanescente judeu) consequentemente sofre perseguição do povo (que é uma
figura dos judeus apóstatas no futuro) por causa de suas profecias impopulares.
Ele é, entretanto, providencialmente preservado por Deus dos desígnios deles de
matá-lo (vs. 8-16; Jr 36:26). Da mesma maneira a porção poupada do remanescente
judeu sofrerá perseguição, mas será milagrosamente preservada por Deus (Ap
12:13-17).
No capítulo 27, Jeremias enviou mensagens às nações vizinhas de
Israel para avisá-las que os exércitos invasores do norte, sob Nabucodonosor,
não se deteriam em Judá e Jerusalém, mas iriam submeter suas terras sob seu
jugo também.
No capítulo 28 Jeremias encontra ainda maior oposição daqueles que
seguiam o ímpio rei Zedequias (que é uma figura do anticristo, o falso messias
dos judeus). Os capítulos 26-28 fazem, portanto, referência na forma de figuras
ao ponto
nº 2
do sumário.
No capítulo 29 Jeremias envia uma mensagem aos judeus cativos em
Babilônia. (Os babilônios tinham anteriormente vindo a Jerusalém e tinham
levado alguns deles cativos). Ele anuncia que Babilônia (uma figura dos poderes
ocidentais sob a besta) seria julgada e que eles (o remanescente) seriam
libertados. Em sua exortação diz que devem se sujeitar aos caminhos de Deus,
aceitando o cativeiro e aguardando até que se completem os 70 anos, quando
então Babilônia seria julgada. O remanescente judeu, durante a grande
tribulação, receberá um encorajamento similar e aguardará dia após dia pelo
momento da destruição da besta e do anticristo, o que acontecerá no final da 70ª
semana da profecia de Daniel (Dn 9:24-27; Ap 16:17-21, 19:19-20). Assim como os
cativos de então tiveram de aguardar que se cumprissem os 70 anos, também o
remanescente judeu esperará até que a 70ª semana de Daniel se complete. O
capítulo 29, portanto, nos leva aos pontos nº 3 e nº 4 do sumário, a saber, a
destruição dos poderes ocidentais sob a liderança da besta.
Os capítulos 30-33 contêm as promessas da restauração de Israel.
No capítulo 30 o Senhor promete voltar a reunir as tribos dispersas de Israel e
reconstruir a cidade de Jerusalém. No capítulo 31 nos é dado os dois meios
pelos quais o Senhor restaurará Israel: “graça”
(v. 2) e “amor” (v. 3). Note que não
é pela lei porque a lei não restaurará ninguém, mas graça e amor restaurarão. O
efeito dessas duas coisas trabalhando no coração das tribos dispersas é que
eles são vistos retornando para sua terra em arrependimento (vs. 4-21) e
habitando ali sob as condições do “concerto
eterno” (vs. 22-40). No capítulo 32, o exercício de adquirir as
oportunidades para possuir a terra é praticado por Jeremias com respeito ao
campo de seu tio (vs. 1-35). Isto ilustra a garantia de Deus de que a terra de
Israel será novamente habitada por seu povo, as tribos que retornam. “Comprar-se-ão campos” e habitarão
neles (vs. 36-44). No capítulo 33, há a predição de a cidade de Jerusalém ser
reconstruída e o Senhor tomando o Seu lugar entre o povo para bênção deles (v.
1-16). Os capítulos 30-33 bem claramente correspondem ao intervalo entre os pontos nº 5 e nº 6 do sumário.
Essas séries de profecias por Jeremias terminam com o capítulo 33.
Embora, nem todos os pontos do sumário sejam dados aqui, podemos ver nos existentes
que a ordem de eventos na “indignação”
está maravilhosamente consistente.
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