quarta-feira, 27 de junho de 2018

5) Jeremias 26-33

O capítulo 26 Jeremias prediz a destruição do templo e da cidade de Jerusalém pelos exércitos confederados (Jr 34:1; 2 Rs 24:2) sob Nabucodonosor (vs. 1-9). Como já vimos, ele e seus exércitos são, na profecia, uma figura do rei do norte e da confederação árabe. Jeremias (que é figura do piedoso remanescente judeu) consequentemente sofre perseguição do povo (que é uma figura dos judeus apóstatas no futuro) por causa de suas profecias impopulares. Ele é, entretanto, providencialmente preservado por Deus dos desígnios deles de matá-lo (vs. 8-16; Jr 36:26). Da mesma maneira a porção poupada do remanescente judeu sofrerá perseguição, mas será milagrosamente preservada por Deus (Ap 12:13-17).
No capítulo 27, Jeremias enviou mensagens às nações vizinhas de Israel para avisá-las que os exércitos invasores do norte, sob Nabucodonosor, não se deteriam em Judá e Jerusalém, mas iriam submeter suas terras sob seu jugo também.
No capítulo 28 Jeremias encontra ainda maior oposição daqueles que seguiam o ímpio rei Zedequias (que é uma figura do anticristo, o falso messias dos judeus). Os capítulos 26-28 fazem, portanto, referência na forma de figuras ao ponto nº 2 do sumário.
No capítulo 29 Jeremias envia uma mensagem aos judeus cativos em Babilônia. (Os babilônios tinham anteriormente vindo a Jerusalém e tinham levado alguns deles cativos). Ele anuncia que Babilônia (uma figura dos poderes ocidentais sob a besta) seria julgada e que eles (o remanescente) seriam libertados. Em sua exortação diz que devem se sujeitar aos caminhos de Deus, aceitando o cativeiro e aguardando até que se completem os 70 anos, quando então Babilônia seria julgada. O remanescente judeu, durante a grande tribulação, receberá um encorajamento similar e aguardará dia após dia pelo momento da destruição da besta e do anticristo, o que acontecerá no final da 70ª semana da profecia de Daniel (Dn 9:24-27; Ap 16:17-21, 19:19-20). Assim como os cativos de então tiveram de aguardar que se cumprissem os 70 anos, também o remanescente judeu esperará até que a 70ª semana de Daniel se complete. O capítulo 29, portanto, nos leva aos pontos nº 3 e nº 4 do sumário, a saber, a destruição dos poderes ocidentais sob a liderança da besta.
Os capítulos 30-33 contêm as promessas da restauração de Israel. No capítulo 30 o Senhor promete voltar a reunir as tribos dispersas de Israel e reconstruir a cidade de Jerusalém. No capítulo 31 nos é dado os dois meios pelos quais o Senhor restaurará Israel: “graça” (v. 2) e “amor” (v. 3). Note que não é pela lei porque a lei não restaurará ninguém, mas graça e amor restaurarão. O efeito dessas duas coisas trabalhando no coração das tribos dispersas é que eles são vistos retornando para sua terra em arrependimento (vs. 4-21) e habitando ali sob as condições do “concerto eterno” (vs. 22-40). No capítulo 32, o exercício de adquirir as oportunidades para possuir a terra é praticado por Jeremias com respeito ao campo de seu tio (vs. 1-35). Isto ilustra a garantia de Deus de que a terra de Israel será novamente habitada por seu povo, as tribos que retornam. “Comprar-se-ão campos” e habitarão neles (vs. 36-44). No capítulo 33, há a predição de a cidade de Jerusalém ser reconstruída e o Senhor tomando o Seu lugar entre o povo para bênção deles (v. 1-16). Os capítulos 30-33 bem claramente correspondem ao intervalo entre os pontos nº 5 e nº 6 do sumário.
Essas séries de profecias por Jeremias terminam com o capítulo 33. Embora, nem todos os pontos do sumário sejam dados aqui, podemos ver nos existentes que a ordem de eventos na “indignação” está maravilhosamente consistente.

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