Mateus 25:1-3 é outra passagem que nos dá um vislumbre de todo o
testemunho Cristão na Terra, desde os primórdios até a vinda do Senhor. Ele
menciona quatro períodos distintos
nesta parábola que caracterizariam o tempo de Sua ausência. Essas quatro épocas
abrangem todo o período da história da Igreja na Terra.
·
As virgens “saíram” (v. 1). Isso se refere ao dia dos apóstolos em que os
santos saíram pela primeira vez para fora do arraial do judaísmo (Hb 13:13) e
deixaram suas associações mundanas (1 Ts 1:9).
- “tosquenejaram
todas, e adormeceram” (v. 5). Isso marcaria outro período na
história da Igreja, quando a profissão Cristã, como um todo, adormeceu quanto à
realidade da vinda do Senhor. Isso aconteceu logo após a época dos apóstolos e
continuou por muitos séculos na época das trevas.
- “à
meia-noite ouviu-se um clamor” (v. 6). Isso se refere a
um reavivamento que ocorreu durante os anos 1800, quando houve um despertar
geral no mundo Cristão, ao fato de que o Senhor Jesus estava voltando
novamente.
- “chegou o noivo” (vs. 10 – ARA). Este é o momento que todos estamos esperando – o Arrebatamento! Isso encerrará a história da Igreja neste mundo e seremos levados para casa no céu.
O primeiro versículo nos dá três
coisas que caracterizaram a Igreja primitiva. Primeiramente, diz que as virgens
tomaram “as suas lâmpadas”. Uma
lâmpada fala de profissão. Refere-se ao brilhante testemunho que eles tinham
diante do mundo naquele dia. Houve uma manifestação
da fé deles. Então, diz que elas “saíram”.
Isso fala de separação. Eles saíram
do arraial do judaísmo e deixaram suas associações mundanas (Hb 13:13; 1 Ts
1:9). Por fim, fala que eles foram “ao
encontro do Noivo”. Isso fala de expectativa.
Eles tinham a esperança da vinda do Senhor diante de sua alma. Houve
manifestação, separação e expectativa. Isto foi o que marcou a Igreja
primitiva.
Havia dez virgens; “cinco
delas eram prudentes, e cinco loucas” (Mt 25:2). As sábias tinham “azeite” em suas lâmpadas, mas as outras
não. Isso significa que alguns eram salvos e selados com o Espírito, e outros
não. Eles só tinham a lâmpada da profissão. Isso descreve a mistura que existe
dentro da profissão Cristã.
No entanto, aquele estado feliz (v. 1) não durou muito; “tosquenejaram todas, e adormeceram” (v.
5). A Igreja se cansou de esperar a vinda do Senhor e foi afetada pelo mundo e
pelos maus ensinamentos, o que fez com que perdesse de vista a Sua vinda. Nota:
houve primeiro um cochilo e depois dormiram. Isto nos mostra que esse estado
veio gradualmente sobre a Igreja.
Então, nos anos 1800, uma obra soberana de Deus aconteceu pela
qual houve um reavivamento da verdade da vinda do Senhor e de muitas verdades a
ela relacionadas. “Mas, à meia-noite,
ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” (Mt 25:6 – ARA). Pessoas
despertaram para o fato de que o Senhor estava vindo! Houve muita agitação
entre os Cristãos, e muitos começaram a investigar profecias. Ao examinarem o
assunto dos eventos futuros, conforme ensinado na Palavra de Deus, eles
aprenderam que a Igreja não fazia parte da profecia. Eles também aprenderam que
a Igreja não pertencia à Terra, mas que tinha um chamado e destino celestiais.
Então eles perceberam que o Senhor poderia vir a qualquer momento e levar a
Igreja ao céu, pois não havia nada na profecia que primeiro tivesse que ser
cumprido.
As palavras “... que vem...” no versículo 6 não estão nos manuscritos mais antigos. Foram
colocadas no texto pelos tradutores de algumas versões, mas, na verdade, não há
nenhuma razão para isso. Isso destaca o evento
da Sua vinda. O pensamento, entretanto, é que uma PESSOA está chegando – o Senhor Jesus Cristo! Deveria simplesmente
ser: “Eis o Noivo!” Isso retrata o
espírito das coisas naquele momento com mais precisão. As pessoas naquele dia
não estavam apenas esperando por um evento; elas estavam esperando o Senhor que
viria! O chamado também os exortou: “Saí
ao seu encontro!” Isso significa que houve um exercício em retornar à
posição original – fora do arraial e do mundo. Eles deixaram todas as
associações eclesiásticas e seculares com as quais estavam conectados e
esperaram a vinda do Senhor.
Nos próximos versículos, vemos o que aconteceu naquela época na
profissão Cristã em geral. Houve muita agitação para se preparar para se
encontrar com o Noivo. Muitos foram achados como estando sem “azeite” em suas lâmpadas. A exortação
das “prudentes” às “tolas” era ir e “comprar” o azeite dos “que o
vendem”. Isso se refere ao grande empenho na pregação do evangelho que
marcou aquele dia. O evangelho foi pregado livremente e muitos foram salvos. Comprar
nos fala em ter uma negociação pessoal de fé com “Eles” (o Pai e o Filho), pela qual eles seriam salvos e selados
com a habitação do Espírito de Deus, do qual o “azeite” nos fala (compare Isaías 55:1-3). Foi dito às tolas: “comprai-o para vós”. Todo mundo que é
salvo deve ter uma negociação pessoal com o próprio Senhor. Não é possível
comprar isso para outra pessoa.
Então chegou aquele feliz, porém, solene momento quando o Noivo
chegou, e “as que estavam preparadas
entraram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta” (v. 10). Aquelas que
eram tolas e despreparadas quando o Noivo apareceu perderam tudo. Depois,
vieram e gritaram: “Senhor, Senhor,
abre-nos”, mas era tarde demais! (v. 11) Cinco vezes temos a expressão “Senhor, Senhor” na Escritura, e sempre
se refere à profissão vazia (Mt 7:21, 22, 25:11; Lc 6:46, 13:25).
A razão de mencionar isso é que mais de 150 anos se passaram desde
esse tempo do despertar e do reavivamento – e a Igreja está ainda na Terra!
Isso nos faz perceber o quão próximos devemos estar de Sua vinda!
A noite se distancia e o dia está
próximo;
Nenhum sinal a ser procurado; a estrela
está no céu;
Alegrai-vos, santos, este é o mandamento
de vosso Senhor;
Alegrai-vos, pois a vinda de Jesus se
aproxima.
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