quarta-feira, 27 de junho de 2018

O Clamor da Meia Noite Já Foi Dado

Mateus 25:1-3 é outra passagem que nos dá um vislumbre de todo o testemunho Cristão na Terra, desde os primórdios até a vinda do Senhor. Ele menciona quatro períodos distintos nesta parábola que caracterizariam o tempo de Sua ausência. Essas quatro épocas abrangem todo o período da história da Igreja na Terra.
·             As virgens “saíram” (v. 1). Isso se refere ao dia dos apóstolos em que os santos saíram pela primeira vez para fora do arraial do judaísmo (Hb 13:13) e deixaram suas associações mundanas (1 Ts 1:9).
  • “tosquenejaram todas, e adormeceram” (v. 5). Isso marcaria outro período na história da Igreja, quando a profissão Cristã, como um todo, adormeceu quanto à realidade da vinda do Senhor. Isso aconteceu logo após a época dos apóstolos e continuou por muitos séculos na época das trevas.
  • “à meia-noite ouviu-se um clamor” (v. 6). Isso se refere a um reavivamento que ocorreu durante os anos 1800, quando houve um despertar geral no mundo Cristão, ao fato de que o Senhor Jesus estava voltando novamente.
  • “chegou o noivo” (vs. 10 – ARA). Este é o momento que todos estamos esperando – o Arrebatamento! Isso encerrará a história da Igreja neste mundo e seremos levados para casa no céu. 
O primeiro versículo nos dá três coisas que caracterizaram a Igreja primitiva. Primeiramente, diz que as virgens tomaram “as suas lâmpadas”. Uma lâmpada fala de profissão. Refere-se ao brilhante testemunho que eles tinham diante do mundo naquele dia. Houve uma manifestação da fé deles. Então, diz que elas “saíram”. Isso fala de separação. Eles saíram do arraial do judaísmo e deixaram suas associações mundanas (Hb 13:13; 1 Ts 1:9). Por fim, fala que eles foram “ao encontro do Noivo”. Isso fala de expectativa. Eles tinham a esperança da vinda do Senhor diante de sua alma. Houve manifestação, separação e expectativa. Isto foi o que marcou a Igreja primitiva.
Havia dez virgens; “cinco delas eram prudentes, e cinco loucas” (Mt 25:2). As sábias tinham “azeite” em suas lâmpadas, mas as outras não. Isso significa que alguns eram salvos e selados com o Espírito, e outros não. Eles só tinham a lâmpada da profissão. Isso descreve a mistura que existe dentro da profissão Cristã.
No entanto, aquele estado feliz (v. 1) não durou muito; “tosquenejaram todas, e adormeceram” (v. 5). A Igreja se cansou de esperar a vinda do Senhor e foi afetada pelo mundo e pelos maus ensinamentos, o que fez com que perdesse de vista a Sua vinda. Nota: houve primeiro um cochilo e depois dormiram. Isto nos mostra que esse estado veio gradualmente sobre a Igreja.
Então, nos anos 1800, uma obra soberana de Deus aconteceu pela qual houve um reavivamento da verdade da vinda do Senhor e de muitas verdades a ela relacionadas. “Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!” (Mt 25:6 – ARA). Pessoas despertaram para o fato de que o Senhor estava vindo! Houve muita agitação entre os Cristãos, e muitos começaram a investigar profecias. Ao examinarem o assunto dos eventos futuros, conforme ensinado na Palavra de Deus, eles aprenderam que a Igreja não fazia parte da profecia. Eles também aprenderam que a Igreja não pertencia à Terra, mas que tinha um chamado e destino celestiais. Então eles perceberam que o Senhor poderia vir a qualquer momento e levar a Igreja ao céu, pois não havia nada na profecia que primeiro tivesse que ser cumprido.
As palavras ... que vem... no versículo 6 não estão nos manuscritos mais antigos. Foram colocadas no texto pelos tradutores de algumas versões, mas, na verdade, não há nenhuma razão para isso. Isso destaca o evento da Sua vinda. O pensamento, entretanto, é que uma PESSOA está chegando – o Senhor Jesus Cristo! Deveria simplesmente ser: “Eis o Noivo!” Isso retrata o espírito das coisas naquele momento com mais precisão. As pessoas naquele dia não estavam apenas esperando por um evento; elas estavam esperando o Senhor que viria! O chamado também os exortou: “Saí ao seu encontro!” Isso significa que houve um exercício em retornar à posição original – fora do arraial e do mundo. Eles deixaram todas as associações eclesiásticas e seculares com as quais estavam conectados e esperaram a vinda do Senhor.
Nos próximos versículos, vemos o que aconteceu naquela época na profissão Cristã em geral. Houve muita agitação para se preparar para se encontrar com o Noivo. Muitos foram achados como estando sem “azeite” em suas lâmpadas. A exortação das “prudentes” às “tolas” era ir e “comprar” o azeite dos “que o vendem”. Isso se refere ao grande empenho na pregação do evangelho que marcou aquele dia. O evangelho foi pregado livremente e muitos foram salvos. Comprar nos fala em ter uma negociação pessoal de fé com “Eles” (o Pai e o Filho), pela qual eles seriam salvos e selados com a habitação do Espírito de Deus, do qual o “azeite” nos fala (compare Isaías 55:1-3). Foi dito às tolas: “comprai-o para vós”. Todo mundo que é salvo deve ter uma negociação pessoal com o próprio Senhor. Não é possível comprar isso para outra pessoa.
Então chegou aquele feliz, porém, solene momento quando o Noivo chegou, e “as que estavam preparadas entraram com Ele para as bodas, e fechou-se a porta” (v. 10). Aquelas que eram tolas e despreparadas quando o Noivo apareceu perderam tudo. Depois, vieram e gritaram: “Senhor, Senhor, abre-nos”, mas era tarde demais! (v. 11) Cinco vezes temos a expressão “Senhor, Senhor” na Escritura, e sempre se refere à profissão vazia (Mt 7:21, 22, 25:11; Lc 6:46, 13:25).
A razão de mencionar isso é que mais de 150 anos se passaram desde esse tempo do despertar e do reavivamento – e a Igreja está ainda na Terra! Isso nos faz perceber o quão próximos devemos estar de Sua vinda!

A noite se distancia e o dia está próximo;
Nenhum sinal a ser procurado; a estrela está no céu;
Alegrai-vos, santos, este é o mandamento de vosso Senhor;
Alegrai-vos, pois a vinda de Jesus se aproxima.

  

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