quarta-feira, 27 de junho de 2018

10) 2 Crônicas 28-32


A história das invasões assírias na época de Acaz e Ezequias dão-nos outra mostra figurada dos eventos futuros.
Acaz reinou como rei em Jerusalém numa época da história de Israel em que eles se encontravam num estado de bastante fraqueza (2 Rs 16:1-4). Acaz é uma figura do anticristo, o rei voluntarioso (Dn 11:36-39) que reinará sobre os judeus apóstatas durante a grande tribulação. Acaz foi culpado de haver removido o altar de Jeová e estabelecido um deus estranho em seu lugar[1] (2 Rs 16:10-18). Sua atitude, ao remover o altar de Jeová e seus vasos (2 Cr 28:24, 29:19), é uma figura daquilo que a besta e o anticristo farão na metade da 70ª semana de Daniel, fazendo com que os sacrifícios e a adoração judaicos cessem (Dn 9:27; 12:11). O estabelecimento de um altar estranho no templo é uma figura da ascensão da “abominação desoladora” – a idólatra imagem da besta (Dn 12:11; Mt 24:15; Ap 13:14-15).
Por volta dessa época, os assírios iniciam suas invasões vindos do norte para a terra de Israel. Tendo já conquistado o reino da Síria (2 Rs 16:9) e algumas cidades da região norte de Israel (2 Rs 15:27-29), os assírios estavam ameaçando tomar o resto da terra de Israel. O rei de Israel, ao invés de se voltar para o Senhor em busca de ajuda, chamou ao rei do Egito, que veio para a terra com seus exércitos (2 Rs 17:1-4; Is 7:18-19). Profeticamente isto corresponderia ao ponto nº 1 do sumário.
Isso inflama a ira do rei da Assíria que desce do norte conquistando “toda a terra” (2 Rs 17:5-6). Deus permitiu que Israel fosse julgado naquela ocasião em virtude de seu pecado de idolatria (2 Rs 17:7-23). Havendo conquistado a terra de Israel, os assírios prosseguem e tomam Asdode, a cidade principal dos filisteus (Is 20:1), e então continuam em sua conquista até o Egito, derrotando os egípcios e seus confederados (Is 20:4-6). Isto corresponde ao ponto nº 2 do sumário.
Então o iníquo rei Acaz (uma figura do anticristo) morreu e foi substituído em seu trono pelo bom rei Ezequias, o qual é uma figura de Cristo[2] (2 Cr 29:1-2). O surgimento de Ezequias nessa ocasião prefigura a vinda de Cristo (a Aparição), em cuja ocasião o anticristo será removido em juízo (Ap 11-15, 19:11-20; 2 Ts 2:8). Isso acontecerá no ponto nº 4 do sumário.
Quando Ezequias foi entronizado em Jerusalém, ele reuniu Judá (os judeus) para que oferecessem um sacrifício pelo pecado (2 Cr 29:21-24), o que era, na prática, um reconhecimento de que haviam pecado (Compare Zc 12:10-14; Sl 51). Em seguida eles ofereceram ofertas queimadas e ofertas de ações de graças (2 Cr 29:27-36). Ezequias buscou então reunir todo o Israel sob Jeová. Ele enviou mensageiros para chamar todas as tribos de Israel para que viessem a ele em Jerusalém celebrar a páscoa. Pessoas de diversas tribos de Israel se humilharam e vieram participar da celebração (2 Cr 30). A expiação foi feita por todo o Israel. Então eles limparam a terra da idolatria e estabeleceram uma ordem verdadeiramente piedosa sob o comando de Ezequias (2 Cr 31). Isto figurativamente fala do intervalo entre os pontos nº 5 e nº 6 do sumário, quando os judeus (as duas tribos) e as dez tribos de Israel serão restauradas ao Senhor.
Após ter sido estabelecida uma ordem piedosa na terra sob Ezequias, os assírios desceram mais uma vez provenientes do norte, sob a liderança de Senaqueribe, para derrotar o reino de Ezequias. Assim que o exército de Senaqueribe chegou próximo a Jerusalém, o anjo do Senhor saiu e os massacrou (2 Cr 32:21; 2 Rs 19:35). Senaqueribe e os assírios[3] são uma figura bem conhecida na profecia, da invasão final comandada por Gogue (Rússia) que será derrotada pelo Senhor. Este é o ponto nº 6 do sumário.
Após os exércitos de Senaqueribe terem sido vencidos, Deus exaltou Ezequias aos olhos de todas as nações sobre a Terra, de forma que muitos trouxeram presentes a ele (2 Cr 32:22-23). Da mesma maneira, após cessarem as guerras, a glória de Cristo se espalhará por todo o mundo durante o Milênio (Is 66:19; Hc 2:14; Ml 1:11; Sl 68:29, 72:10, 19).




   [1] N. do A.: J. N. Darby, “Synopsis of the Books of the Bible”, vol. 2, pág. 289, Morrish Edition.

   [2] N. do A.: J. N. Darby, “Collected Writings”, vol. 30, pág. 196.

  [3] N. do A.: As primeiras invasões dos assírios sob Tiglate-Pileser (2 Rs 15:27-29), Salmanasar (2 Rs 17:3-6) e Sargom (Is 20:1), que prosseguiu com sucesso pela terra de Israel até o Egito, é uma figura do primeiro ataque dos assírios na profecia (o rei do norte e sua confederação árabe – Dn 11:40-43). As últimas invasões dos assírios sob Senaqueribe, que foram detidas pelo anjo de Jeová, prefiguram a Rússia e suas hordas que serão destruídas pelo Senhor (Ez 38-39).

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