Nesta
parábola de Balaão aprendemos o que vai acontecer nos últimos dias de Israel
(v. 14). “Assur” (Assíria, que é o
mesmo que o rei do norte) invadirá toda a terra e a deixará em ruínas. Nessa
ocasião Israel será assolada por um destruidor vindo do norte, mas os efeitos
dessa invasão não são mencionado nesta profecia em virtude de as parábolas de
Balaão não contemplarem Israel em seu pecado (Nm 23:21), e, portanto, não sob o
castigo de Jeová, para o qual os assírios foram particularmente usados como
sendo a vara de Jeová (Is 10:5-6). “Amaleque”
(v. 20) também será afetado por Assur quando ele passar pela terra. Os
ancestrais de Amaleque podem ser rastreados a partir de Gn 14:7. Seus
descendentes misturaram-se mais tarde com os descendentes de Esaú (Gn 36:12-16)
que, por sua vez, misturaram-se com Ismael (Gn 28:9). Eles são os progenitores
das nações árabes de nossos dias. Essa profecia indica que o julgamento deles começará
por ocasião da destruição de toda a terra pelo rei do norte (Assur).
Após julgar Amaleque, Assur destruirá os “quenitas”, um ramo do povo midianita que se estabeleceu no extremo
sul da terra de Judá e em seus lugares ermos, mas que são, aparentemente,
originários do Egito[1].
Se pudermos entender isto sendo o Egito, como alguns estudiosos creem,
aprenderemos que os destruidores exércitos de Assur continuarão o seu curso até
alcançarem o Egito e o devastarem. Isto claramente está relacionado com o ponto nº 2 do sumário.
Quando Assur tiver varrido a terra de Canaã de norte a sul, as “naus das costas de Quitim” virão do Ocidente
para afligir Assur. Quitim não apenas se refere à ilha de Chipre, mas a todos
os poderes marítimos do Mediterrâneo Ocidental, particularmente o de Roma (Jr
2:10; Ez 27:6; Dn 11:30). Essa profecia corresponde aos exércitos do Império
Romano restabelecido – a confederação ocidental – vindos do Ocidente com a
intenção de barrar o rei do norte em sua conquista. Este é o ponto nº 3 do sumário.
“Ele também perecerá para
sempre” (v. 24 – KJV) refere-se
à besta, o grande líder do Ocidente[2],
que encontrará o seu fim. Sabemos que isso acontecerá na Aparição de Cristo (Ap
19:11-20), embora isso não ser mencionado aqui. Não se está referindo a Assur,
como alguns pensam, pois nunca é mencionado que a Assíria será destruída para
sempre – sendo para sempre removida da Terra como uma nação, como é o caso dos
filisteus (Sf 2:5), dos edomitas (Ob 10, 18), dos amalequitas (Nm 24:20) e da Babilônia
(Is 13:20; Jr 50:3, 51:29, 43, 62). Assíria, de fato, após ter sido julgada,
será restaurada a uma posição de proeminência no Milênio (Is 19:24). Isso
corresponde ao ponto
nº 4
do sumário.
Embora apenas alguns poucos pontos do sumário (nº 2 ao nº 4) sejam vistos aqui nesta
profecia, a parábola de Balaão é valiosa, pois demonstra que os poderes
ocidentais virão para a batalha logo após
o rei do norte tiver passado pela terra indo em direção ao Egito.
[1] N. do A.: Lunden, C.E. “Time Chart”, pág. 19.
[2] N. do A.: Bible Treasury, vol:16, pág. 2.
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