sábado, 16 de junho de 2018

A Destruição de Jerusalém

À medida que os exércitos do rei do norte e seus confederados árabes forem aproximando-se de Jerusalém, o terror irá dominar a cidade. Os judeus na cidade olharão para os seus arredores com horror quando virem os imensos exércitos cercando-a de todos os lados (Is 22:1-14). Os exércitos de “Elão” (atual Irã), “Quir” (talvez Moabe – Is 15:1, Jordânia ou a Média que é o norte do Irã), e “Edom” (talvez parte da Arábia), confederados do rei do norte, são aqueles que executarão esse juízo. O rei do norte estará provavelmente ocupado em expulsar o rei do sul da terra (Is 22:6; Ob 11-14; Sl 137:7).
Esses exércitos aliados, chefiados pelo rei do norte (seus confederados árabes), efetuarão a tomada de Jerusalém, deixando-a em ruínas e derramando sangue como se fosse água ao redor da cidade! As mulheres serão violentadas e os mortos jazerão pelas ruas (Sl 79:1-3; Is 64:10; Mq 3:12; Sf 1:10-18; Zc 14:1-2; Ob 11-14).
Metade da cidade de Jerusalém será levada em cativeiro (Zc 14:2).
O templo que os judeus terão edificado será destruído (Sl 74:1-8; Is 63:18, 64:11).
O remanescente judeu piedoso estará perplexo e desesperado por ver o seu país sendo assolado por esse invasor vindo do norte. Ele clamará a Deus por auxílio (Jl 2:12-17; Sl 73-89 – o terceiro livro dos Salmos; Zc 13:9; Is 63:15-64:12).
█ Haverá um caos generalizado conforme os exércitos passam pela terra de Israel. Enquanto Jerusalém e a terra de Israel estão sendo devastadas, os exércitos confederados sob o comando do rei do norte irão trair alguns de seus próprios confederados (Ob 7). Eles invadirão alguns dos países que fazem fronteira com a terra de Israel na tentativa de derrotá-los e saqueá-los. A “consumação” estará então por toda a terra (Is 10:22-23, 28:22; Sl 75:3). Os países situados no território prometido a Israel, que se aliaram ao rei do norte, entrarão em julgamento nesse momento[1] (Dn 11:41; Is 10:7, 14:29 até 23:17 – os “pesos [sentenças – ARA]; Jr 46-49*; Ez 25-30*; Am 1:1-2:8; 2 Rs 24:7*; Jr 25:9-11*).
Edom (talvez parte da Arábia), ajudará na destruição de Jerusalém e será enganada pela sua própria confederação e sofrerá dano. Eles serão saqueados, despojados e deixados reduzidos em número[2] (Ob 1-9).
A confederação se voltará também contra “Moabe” (Is 15-16; Jr 48; Ez 25:8-11; Am 2:1-3 – talvez parte da Jordânia), “Amom” (Jr 49:1-6; Ez 25:1-7; Am 1:13-15 – talvez parte da Jordânia também), os “filisteus” (Is 14:28-32, 20:1; Jr 47; Ez 25:15-17; Am 1:6-10 – talvez a área denominada Faixa de Gaza), “Damasco” (Is 17; Ob 1-14; Is 21:11-12; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 1:11-12; Jr 49:23-27; Am 1:3-5 – o sul da Síria), “Tiro” e “Sidom” (Is 23; Ez 26-28; Am 1:9-11 – o Líbano). Os que estiverem nesses países fugirão para salvar sua vida, enquanto suas terras estiverem sendo saqueadas.
Apesar de atacados, um remanescente de Edom, Moabe e Amom escapará. Deus permitirá isso para que Israel tenha a oportunidade de lhes dar o golpe final mais tarde (Dn 11:41 – os “chefes” [ARF] escaparão); Jr 48:6, 9, 12, 49:5, 8, 11).
O rei do norte continuará em sua conquista avançando até o nordeste da África, destruindo o rei do sul (Egito) e seus aliados – Líbia, Etiópia e outros (Dn 11:42-43; Is 19-20; Jr 46:13-26; Ez 29:1-12, 30:1-26).
Os egípcios fugirão para salvar sua vida e serão dispersos pelas nações em redor deles. Sua terra será entregue a “um senhor cruel, e rei feroz” (Is 19:4 – TB). Historicamente, este pode ter sido o faraó egípcio Psamético I (663-609 a.C.) ou um dos reis assírios – como Assaradão ou Assurbanipal, mas profeticamente, é – o rei do norte (Ez 29:12, 30:23, 26; Is 19:4; Jr 46:5-6, 15, 21).
Depois que o rei do norte tiver destruído e espalhado os egípcios e seus exércitos, ele tomará posse dos tesouros daquela terra (Dn 11:43; Jr 29:19).




   [1] N. do A.: Isto já aconteceu na história e irá voltar a acontecer no futuro. Quando os exércitos da Assíria e da Babilônia invadiram a terra no passado (as invasões dos assírios aconteceram cerca de 100 anos antes das invasões babilônicas) eles desceram do norte conquistando Israel e as nações circunvizinhas à medida que avançavam em direção ao Egito (2 Rs 15:29, 17:5-6; Is 20:4; Jr 1:13-15, 4:6, 6:1, 22, 10:22, 13:20, 25:9, 46:20, 24, 47:2). Essas invasões do passado foram registradas nas profecias das Escrituras por serem prenúncios das invasões do rei do norte num dia futuro (Dn 11:40-45). Muitas dessas profecias cumpriram-se apenas parcialmente naqueles dias e apontam para o seu cumprimento total no futuro. Quando Jerusalém foi destruída por Nabucodonosor e pelos babilônios, os edomitas e outros povos árabes eram seus aliados voluntários (Jr 34:1; Ob 11-14; 2 Rs 24:1-2; Sl 137:7; Hc 2:5). Após seu sucesso em destruir Jerusalém ele se voltou contra alguns de seus aliados e saqueou suas terras (Ob 7; Jr 25:9; 2 Rs 24:7). Tudo isso é uma notável previsão da traição que o rei do norte praticará com seus aliados árabes (Dn 11:40-43). W. Kelly “Minor Prophets”, pág. 195, W. Kelly “Isaiah”, pág. 269, F. A. Tatford “The Prophet of Edom’s Doom”, pág. 26-28, 35, J. N. Darby “Synopsis of the Books of the Bible”, vol. 2, em “Obadias”

   [2] N. do A.: O livro de Obadias mostra que o juízo sobre Edom cairá em três etapas, terminando por aniquilá-los completamente da face da Terra. Eles receberão o primeiro golpe ao serem enganados por seus próprios aliados (Ob 1-14). Depois disso receberão outro golpe mais severo quando o Senhor sair para pisar o Seu lagar de juízo sobre as nações reunidas que seguirão Gogue em Edom (Ob 15-16; Is 34:1-10, 63:1-6). Então o golpe final virá dos exércitos do recém-reunido Israel (Ob 17-21). J. N. Darby “Synopsis of the Books of the Bible”, vol. 2, em “Obadias”

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