sexta-feira, 15 de junho de 2018

O Arrebatamento (A Bendita Esperança da igreja)


█ O Senhor Jesus prometeu: “Na casa de Meu Pai há muitas moradas, se não fosse assim Eu vo-lo teria dito: Vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para que onde Eu estiver estejais vós também” (Jo 14:2-3). Ele também falou: “Certamente cedo venho” (Ap 22:20). A esperança adequada ao Cristão é aguardar o Senhor vir a qualquer momento. Há muitas indicações que nos levam a concluir que a vinda do Senhor está muito próxima (Veja o Apêndice ‘B’ para uma longa discussão sobre este assunto). Como resultado, Cristãos por todo o mundo estão esperando pelo Senhor vir. Esta é a “bendita esperança” do Cristão (Tt 2:13). O Senhor pode vir ainda hoje! “Pois ainda em bem pouco tempo aqu’Ele que há de vir, virá, e não tardará” Hb 10:37 – TB).
█ O Senhor Jesus descerá do céu “com alarido [grande brado – TB], e com “voz de arcanjo”, e com a “trombeta de Deus” (1 Ts 4:15-18). Isto é o que os Cristãos chamam de “o Arrebatamento”.
O “alarido”, ou grande brado, é para acordar os que “morreram em Cristo”. Estes santos que dormem são Cristãos que foram salvos durante o período em que o evangelho da graça de Deus foi pregado neste mundo. Mas tendo morrido, a alma e o espírito deles foram para o céu para estar com Cristo. Podemos chama-los de a porção da Igreja que está dormindo. Mesmo que a morte tenha requisitado o corpo deles, ainda são mencionados com estando “em Cristo”. O apóstolo Paulo usa essa expressão em suas epístolas para indicar o lugar peculiar de aceitação que o Cristão tem diante de Deus. Estar “em Cristo” significa estar no lugar de aceitação que Cristo tem diante de Deus. A mesma posição que Cristo agora ocupa diante de Deus é o lugar do Cristão. Não é dito que os santos do Velho Testamento estejam “em Cristo”, embora a alma e espírito deles estejam a salvo com Ele no céu. Na vinda do Senhor esses Cristãos terão o seu corpo levantado da sepultura em ressurreição (1 Co 15:23). Esta é parte da primeira ressurreição[1].
A “voz de arcanjo” não é uma referência ao arcanjo Miguel, mas à própria voz do Senhor em poder arcangélico. Sua voz aqui chamará os santos do Velho Testamento para fora da sepultura.[2] O Senhor apareceu com frequência ao Seu povo daquela época como “o Anjo do Senhor”, e agora os chama para fora dos túmulos com a mesma voz com a qual eles estão familiarizados. Eles se levantarão da sepultura simultaneamente com aqueles “que morreram em Cristo” (Hb 11:40). Embora sejam de classe diferente de pessoas justas, eles participarão da “primeira ressurreição” (Hb 12:23 – “os justos aperfeiçoados”).
A “trombeta de Deus”[3] encerrará a presente dispensação com o Arrebatamento do restante dos crentes que estiverem vivos sobre a Terra no momento da vinda do Senhor. Todos esses três grupos serão “arrebatados juntamente”, a encontrar o Senhor nos ares.


[1] N. do A.: Nem todos os mortos ressuscitarão ao mesmo tempo. Há duas ressurreições (Jo 5:29; At 24:15). A “primeira ressurreição” (Ap 20:4-6), chamada de a “ressurreição da vida” (Jo 5:29) e de a “ressurreição dos justos” (Lc 14:14) é uma ressurreição apenas dos justos – aqueles que morreram em fé. Esta ressurreição é chamada como sendo “dentre os mortos” (‘de entre os mortos’) (Mt 17:9; Fp 3:11; Cl 1:18) por ser seletiva, pois os justos são tirados de entre os injustos. A primeira ressurreição ocorre em três fases: na primeira fase, “Cristo as primícias” (1 Co 15:23; Mt 28:1-8); na segunda fase “os que são de Cristo, na Sua vinda” (1 Co 15:23; 1 Ts 4:15-18), que é a fase mencionada no nosso texto, e a fase final da primeira ressurreição, que terá lugar no fim dos sete anos de tribulação (Ap 20:4). Esta última fase envolve aqueles que irão se converter a Deus durante o período da tribulação e forem martirizados (Ap 6:9-11, 15:2). Aqueles que participam da “primeira ressurreição” desfrutarão de uma porção celestial com Cristo e reinarão com Ele sobre a Terra (2 Co 5:1). A segunda ressurreição, chamada de a “ressurreição da condenação” (Jo 5:29) e de a “ressurreição dos... injustos” (At 24:15), é uma ressurreição dos ímpios que morreram em seus pecados. Eles ressuscitarão após o reino de 1.000 anos de Cristo, conhecido como o Milênio (Ap 20:7, 11-15). Naquela ocasião eles estarão diante do “grande trono branco”, e receberão sua sentença de juízo. Todos os que participarem desta segunda ressurreição, que inclui o restante dos mortos, serão lançados no lago de fogo para sempre.

[2] N. do A: Geo. Davison, “Precious Things”, vol. 4, pág. 142; L. M. Grant, “First and Second Thessalonians”, pág. 29; W. Macdonald, “Believer’s Bible Commentary”, pág. 2.038; H. A. Ironside, “Thessalonians”, pág. 50.

 [3] N. do A.: Não se deve confundir aqui a “trombeta de Deus” com a última das sete trombetas de Apocalipse 11:15-18, as quais serão tocadas sete anos mais tarde, no final do período da tribulação, quando Cristo descerá outra vez do céu (a Aparição de Cristo) para tomar posse dos reinos deste mundo. Tampouco ela deve ser confundida com a trombeta soada em Mateus 24:30-31 e Isaías 27:13, que diz respeito à reunião de Israel após a Aparição de Cristo.

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