quarta-feira, 27 de junho de 2018

7) Ezequiel 24-48


Ezequiel talvez seja um dos mais completos esboços proféticos, uma vez que cobre quase todos os pontos do sumário.
Os primeiros 23 capítulos contêm testemunhos de Deus contra os judeus em geral por causa do pecado e idolatria. Os capítulos 22 e 23 resumem a triste condição deles como corrupta diante de Deus; tanto os seus profetas como os sacerdotes, rei, príncipes e povo. Como consequência, no capítulo 24 Deus traria juízo sobre Judá e Jerusalém por intermédio dos exércitos de Nabucodonosor que desceriam provenientes do norte, e destruiriam a cidade e queimariam o templo.
Os capítulos 25 ao 28 nos dá um relato de como os seus exércitos se espalharam pelos países ao redor de Israel saqueando-os também. Amom, Moabe, Edom, Filisteus, Tiro e Sidom, todos partilharam do mesmo juízo à medida que Nabucodonosor invadia a terra de norte a sul.
Em seguida os capítulos 29 e 30 mostram que ele seguiu para o Egito e os destruiu, bem como aos seus aliados. Outra vez, essas batalhas foram historicamente cumpridas na época de Nabucodonosor, mas foram registradas nas Escrituras em virtude de seu significado profético. Vendo o ensino figurado por detrás dessas conquistas históricas de Nabucodonosor, nos dá a verdade profética ainda a ser cumprida num dia vindouro.
Os capítulos 24 a 30, portanto, são outra prefiguração das invasões militares do rei do norte citadas no ponto nº 2 do sumário.
O capítulo 31 mostra o julgamento dos assírios, se não de uma forma completa, pelo menos depois do seu primeiro ataque. Este seria o ponto nº 5 no sumário. Os assírios são outra figura do futuro invasor do norte em profecia.
O capítulo 32 é uma lamentação por todos os que caíram e cairão em batalha. Julgamento é a obra estranha a Deus (Is 28:21). Ele não tem prazer nisso, ao contrário, lamenta que deva ser feito.
Os capítulos 33 a 37 mostram a restauração de Israel e o seu restabelecimento na terra. Um remanescente de judeus em Israel atenderá aos avisos de Deus (33:1-20), e será poupado – Isso é ilustrado por aquele que escapa de Jerusalém quando ela é ferida (33:21-29). Os pastores de Israel (os falsos líderes do governo maligno do anticristo estabelecido na terra) serão removidos e substituídos pelo verdadeiro Pastor de Israel – Cristo (Ez 34). No capítulo 35, enquanto Israel está a ponto de ser restaurado, seu velho inimigo Edom é avisado do juízo vindouro. Capítulo 36 contém a promessa do Senhor de restaurar a terra de Israel após a sua assolação (vs. 1-20), e de restaurar o povo a ela (vs. 21-38). As dez tribos são, em seguida, vistas no capítulo 37, como sendo revivificadas, voltando à sua própria terra e se unindo com as duas tribos (judeus) sob o reinado de Cristo. Os capítulos 33 a 37, portanto, referem-se à restauração de Israel no intervalo entre a destruição do rei do norte e da Rússia (Gogue).
Os capítulos 38 e 39 apresentam o ataque de Gogue (Rússia) às recém-reunidas tribos de Israel. Este é o ponto nº 6 do sumário.
O capítulo 39:9-10 faz referência a Israel despojando seus inimigos. Este é o ponto nº 7 do sumário.
Os capítulos 40 a 48 apresentam o início do reino de Cristo sobre a Terra (Milênio), a construção do templo e a divisão da terra de Israel pelas doze tribos para habitarem nela.
O julgamento de Babilônia (figurativamente o julgamento dos poderes ocidentais) não é mencionado em Ezequiel. Sua ausência é notória. A razão óbvia é que Ezequiel estava cativo em Babilônia e não cabia a ele, que devia se sujeitar ao cativeiro (Jr 29), falar contra os poderes governamentais que estavam investidos de autoridade.
Sendo assim, Ezequiel permaneceu em silêncio quanto ao julgamento de Babilônia. Da mesma forma, Daniel, na Babilônia, também não se referiu ao seu julgamento (a não ser de forma velada) até a noite exata em que ela foi julgada (Dn 5).

Nenhum comentário:

Postar um comentário