A segunda epístola de Pedro diz: “Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um
dia” (2 Pe 3:8; Sl
90:4). Se um dia é como 1.000 anos para o Senhor, então dois dias seriam 2.000
anos no cálculo de Deus. Tendo isso em mente, várias passagens na Escritura
usam a figura de “dois dias” para
sugerir que o tempo aproximado da ausência do Senhor deste mundo antes que Ele
venha novamente seria 2.000 anos.
Esta não é uma ideia nova
que se originou com o autor. Os irmãos têm ministrado a partir da figura de “dois dias” por muitos anos. De fato,
um comentário aparece para esse fim no “Present
Testimony” (um periódico publicado nas décadas de 1860 e 1870. – editado
por G. V. Wigram). Comentando João 4, diz: “Dois dias de testemunho – representam,
não tenho dúvida, o tempo atual de graça para os gentios em que eles recebem o dom
da água viva, o Espírito Santo – e então encontramos o Senhor novamente numa relação
judaica, não na Judeia, mas na Galileia, de onde brota a luz dos últimos dias
(Is 9)” “Present Testimony”, new
series, vol. 3, pág. 133).
Para ver este ponto mais
claramente é necessário entender algo dos caminhos dispensacionais de Deus para
com Israel. Por causa da falha de Israel sob a lei e sua rejeição de Cristo
como seu Messias, eles foram colocados de lado, nos caminhos de Deus, por um
tempo e dispersados entre as nações (Lv 26:33; Sl 44:11). Enquanto isso, Deus tem
enviado o evangelho de Sua graça ao mundo gentio para tomar deles um povo para
o Seu Nome (At 15:14, 28:25-28; Rm 11:11-27). Depois do presente período do tratamento
de Deus entre os gentios no Seu chamamento da Igreja, Ele irá reatar com Israel
novamente para trazê-los novamente às bênçãos de acordo com as incondicionais
promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Há muitas referências na Escritura
onde os “dois dias” aparecem,
sugerindo que este presente período da graça, quando Israel foi colocado de
lado, poderia ser de aproximadamente 2.000 anos.
Alguns podem argumentar
que passamos o ano 2000 há algum tempo, sendo que agora é 2018. Isso é verdade,
mas ainda não faz 2.000 anos que a Igreja está na Terra. Ela não foi formada
até que o Senhor morresse, ressuscitasse, subisse ao céu e enviasse o Espírito
Santo de lá (At 1-2). É geralmente considerado que isso ocorreu no ano 33 d.C.,
uma vez que o Senhor viveu 33½ anos neste mundo. Se quiséssemos pensar de forma
literal (e perderíamos o significado, se o fizéssemos), 2.000 anos seriam em
2033. No entanto, é do conhecimento geral que nosso calendário foi adulterado e
a data real do nascimento de Cristo é 4 ou 5 anos antes do que o calendário
indica. Cristo realmente nasceu em 5 a.C. (Veja a página XXVIII do prefácio da
tradução de JND – “Tabela Cronológica dos
reis e profetas de Judá e Israel, subsequentes aos reinos de Saul, Dai e
Salomão de 40 anos cada – de 1.95 a.C. a 975 a.C” no final deste ítem).
Isso significa que 2.000 anos literais seria algo em torno de 2029. Se o
período de 7 anos da tribulação deva ser subtraído disso (uma vez que muitas das
figuras falam de Israel sendo colocado de lado por dois dias), seria muito
menos – talvez por volta de 2022.
No entanto, contar anos
literais dessa forma é perder totalmente o objetivo da figura. “Dois dias”, na Escritura, não deve ser
interpretado como 2.000 anos literais. Foi empregado pelo Espírito para sugerir
dois milênios em um sentido geral. É uma figura para nós – nada mais. Mas que
tremenda figura! E que tremendo encorajamento para os santos que estão vigiando
e esperando! Isso nos faz perceber que o Senhor está chegando muito em breve.
Talvez hoje!
Nenhum comentário:
Postar um comentário