sábado, 16 de junho de 2018

A Última Rebelião


Embora a glória, poder e majestade do Senhor sejam manifestados por toda a Terra, muitos ainda renderão apenas uma obediência fingida ao Senhor (Dt 33:29 [“com bajulação” – JND]; Sl 18:44, 66:3, 81:15; 2 Sm 19:18-23*).
Quando o período de 1.000 anos do reino de Cristo (Milênio) estiver chegando ao final, Satanás será solto do abismo para provar os habitantes da Terra (não os do céu) por um breve período. Ele enganará aqueles que renderam uma obediência fingida no reino e os reunirá em rebelião contra a amada cidade de Jerusalém (Ap 20:7-9).
Quando os revoltosos, liderados por Satanás, subirem contra a santa cidade de Jerusalém, o Senhor fará chover fogo do céu e os destruirá (Ap 20:9-10).

Mudanças Topográficas


Ocorrerão vastas mudanças topográficas na Terra (Is 41:15-20).
Novos rios surgirão na Terra (Is 30:25, 35:6-7, 41:18).
O rio Eufrates, o rio Nilo e o ribeiro do Egito secarão e não serão mais utilizados (Is 11:15, 19:5-8, 27:12; Ap 16:12).
O “braço” do mar Vermelho (provavelmente a ramificação esquerda do mar, atravessada por Israel por ocasião de seu êxodo do Egito) se secará também (Is 11:15).
Algumas montanhas e vales serão nivelados, talvez como resultado do Senhor haver sacudido a Terra com terremotos, vulcões e outras catástrofes (Sl 97:1-5; Mq 1:2-4; Is 2:21, 40:4; Ez 38:20).

Mudanças Econômicas


Como resultado da maldição abolida, haverá grandes mudanças no comércio e nas condições econômicas na Terra. O complexo comercial mundial que conhecemos hoje entrará em colapso na grande tribulação (Ap 8:9) e não será construído outra vez. Entretanto, algumas atividades comerciais serão estabelecidas, mas serão exclusivamente usadas para o serviço do Senhor. Isso é sinalizado na reconstrução de Tiro (Is 23:17-18).

Mudanças Agrícolas


Como resultado da maldição ser abolida da Terra, haverá também um tremendo aumento da fertilidade. A agricultura prosperará. A Terra produzirá colheitas como nunca se conheceu antes (ao menos desde a queda do homem – Gn 3) (Sl 65:9-13, 67:6, 144:13-14; Is 27:6, 35:1-2, 7; Jl 2:21-27, 3:18; Am 9:13-15; Mq 4:1-4; Zc 3:10).
Haverá um novo rio (com águas curativas) jorrando de sob o templo em direção ao centro de Jerusalém. Ele se dividirá em duas correntes, uma para o Oriente desaguando no mar Morto, e outra para o Ocidente desaguando no mar Mediterrâneo. Elas fluirão pelo novo vale aberto pelos pés do Senhor, quando da Sua vinda no Monte das Oliveiras. O rio terá propriedades curativas que irão enriquecer e fertilizar a Terra (Ez 47:1-9; Zc 14:4, 8; Sl 65:9-10; Jl 3:18).
Não haverá ervas daninhas, espinhos ou sarças, exceto na terra de Edom. Isso ajudará muito a fertilidade do solo (Is 34:13, 55:12-13).
O deserto florescerá como a rosa (Is 35:1-2, 7).
Os lugares mais improváveis da Terra, como os picos das montanhas, produzirão colheitas abundantes (Sl 72:16).
Os campos e prados da Terra se vestirão com rebanhos e os vales serão cobertos por trigo (Sl 65:13, 144:13-14).
As armas serão transformadas em ferramentas agrícolas úteis (Is 2:4; Mq 4:3).
█ As colheitas serão tão grandes que não terão tempo suficiente para tirar a produção dos campos antes que seja hora de semear novamente. “O que lavra alcançará o que sega, e o que pisa as uvas, o que planta as sementes” (Am 9:13).
Os fazendeiros desfrutarão de surpreendentes resultados de seus rebanhos. Uma vaca ainda jovem (que geralmente não produz grande quantidade de leite) produzirá com abundância tal que farão manteiga do excedente (Is 7:21-22).
A terra de Israel será tão fértil que se parecerá com o jardim do Éden (Ez 36:35).
Os enormes rebanhos de ovelhas e gado, pertencentes a Israel, encherão a terra ao ponto de invadirem as ruas das cidades (Sl 65:10-13, 144:13-14; Is 30:23-24).
Ao longo das margens do novo rio que jorrará de sob o templo, crescerá todo tipo de árvores frutíferas. Elas serão tão produtivas que darão frutos todos os meses, e não anualmente como ocorre hoje (Ez 47:12; Dt 33:14).
O mar Morto será saneado e suas águas serão povoadas com um enorme cardume de inumeráveis espécies. Os pescadores irão se alinhar em suas margens (Ez 47:9-10).
█ Algumas porções pantanosas isoladas do mar Morto não serão saneadas (Ez 47:11).
Ervas medicinais serão feitas com as folhas das árvores que crescerão ao longo das margens do mar Morto e serão usadas para curar cortes e machucados, etc., que possam acontecer ao povo (Ez 47:12).
Como resultado de tão grande abundância, não haverá mais pobreza. Não se encontrará mais um pobre sobre a Terra. Haverá provisão para o necessitado, para o órfão e para as viúvas (Sl 132:15; Is 41:17, 65:21-23; Sl 146:7).
A terra de Edom, entretanto, permanecerá uma perpétua assolação de geração em geração durante todo o Milênio. Espinhos, urtigas e cardos crescerão por toda a terra assolada. Isso será uma lembrança constante para todas as nações das consequências de se odiar ao Senhor e a Seu povo Israel (Is 34:9-15; Jr 49:13, 17-18; Jl 3:19; Ml 1:3).
As quatro estações permanecerão na Terra (Sl 104:19, 147:15-18; Gn 8:22).
O Sol aparentemente brilhará sete vezes mais, porém não será mais quente (Is 30:26).

Mudanças no Reino Animal


Em conexão com a maldição tendo sido abolida da Terra, Deus fará com que os instintos selvagens e assassinos dos animais da criação inferior sejam mudados. O lobo e o cordeiro habitarão juntos. As crianças brincarão com os leões e com as serpentes e não serão feridas. Os homens poderão dormir nas florestas e não serão molestados (Is 11:6-9, 35:9, 65:25, Ez 34:25).
A dieta dos animais carnívoros será alterada. “O leão comerá palha como o boi” (Is 65:25).
█ O homem, aparentemente, voltará a ter um tipo de dieta vegetariana como na época antediluviana (Gn 1:29). Entretanto, eles comerão peixe (Ez 47:9-10) mas, provavelmente, não outros tipos de carne.
Não será mais praticada a caça (Os 2:18).

A Maldição Abolida


A própria criação será liberta de seu cativeiro e maldição. A Terra cantará (em sentido figurado) ao desfrutar de seu Jubileu (Rm 8:19-22; Is 35:1-2; Sl 65:13; Zc 14:11; Ap 22:3).
O cego, o surdo, o mudo e o aleijado, etc. serão todos curados (Is 35:5-6; Sl 146:8).
Não haverá mais doenças ou enfermidades. Não haverá gripe, resfriado, câncer, etc. Consequentemente não haverá mais necessidade de médicos, dentistas, enfermeiras, etc. (Is 33:24; Sl 103:3).
A longevidade antediluviana (precedente ao dilúvio) será restaurada na era Milenar. Com a maldição abolida (Ap 22:3; Zc 14:11), a morte será retida e aqueles que entrarem no Milênio viverão por todos os 1.000 anos, se não pecarem. Aqueles que pecarem morrerão por causa do seu próprio pecado sob o juízo de Deus (Zc 5:1-4; Sl 101:8; Sf 3:5, etc.), mas se forem de 100 anos de idade, ainda assim não serão considerados velhos. Serão considerados como sendo crianças naquela idade (Mt 25:46 – refere-se à “vida eterna” sobre a Terra; Sl 128:6, 133:3 – “vida para sempre”; Dn 12.2 – “vida eterna” na Terra; Is 65:20; Sl 92:14; Zc 8:4).
Não haverá mais lágrimas para os que estiverem na Terra. As pessoas serão felizes (Ap 7:17; Is 25:8, 30:19, 35:10, 65:19, 22-23; Sl 144:15).
As pessoas sobre a Terra desfrutarão de famílias numerosas (Sl 107:41; 128; 144:12; Is 60:22, 65:23; Zc 8:5).

Mudanças Morais


█ Como resultado de as nações aprenderem os caminhos do Senhor e andarem neles (Is 2:2-3; Zc 8:22-23), vastas mudanças morais ocorrerão na Terra. Cessarão corrupção, violência, imoralidade, mentiras, roubos, maldições, etc. Haverá uma imposição estrita com a retidão, honestidade e vida pura.
█ A santidade caracterizará cada aspecto da vida em Israel. “Santidade ao Senhor” (Zc 14:20-21) será escrito nas campainhas dos cavalos (retratando a vida pública), nas panelas da casa do Senhor (retratando a vida religiosa), e nas panelas de Jerusalém e Judá (retratando a vida privada).
█ Cadeados e chaves não serão necessários no Milênio (Zc 5:34; 14:11).
█ Se porventura o mal se manifestar durante o reinado de Cristo no Milênio, será julgado abertamente, tão logo se manifeste. Aqueles que pecarem, o farão sem um tentador, pois Satanás estará preso nesse tempo. Um rolo voador de juízo (simbólico) sairá do Senhor percorrendo toda a face da Terra e cairá sobre qualquer um que pratica o mal – os atos de pecado e não os pensamentos de pecado. Essa purificação do pecado sobre a Terra acontecerá a cada manhã por todos os 1.000 anos do reinado de Cristo (Sl 101:3-8; Sf 3:5; Zc 5:14; Sl 34:12-16; 1 Rs 2:36-46*).

Mudanças Religiosas


O Senhor fará um “concerto novo” (Jr 31:31-34) com Israel. Esse novo relacionamento será sob a figura de um casamento. “E acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que Me chamarás: Meu marido” (em hebraico ‘Ishi’ – Os 2:16-20; Is 54:4-5, 62:4-5; Jo 2:1-11; Sl 45; Ct 3:6-5:1 – o terceiro cântico).
█ Naquele dia Israel será chamado pelo nome do Senhor – “O SENHOR Justiça Nossa” (em hebraico “Jeová-tsidkenu”). O Seu nome será o deles (Jr 23:6, 33:16).
█ A posteridade de Israel por todo o Milênio será toda justa (Is 45:25, 59:21, 65:23, 66:22; Jr 31:34).
O Senhor Se regozijará sobre Israel com cânticos e descansará em Seu amor por eles (Sf 3:17).
Finalmente haverá uma religião mundial! Não será o Cristianismo, mas o judaísmo sob os princípios de graça do “novo concerto” que Deus terá para Israel. As coisas na Terra retornarão à ordem judaica. Os crentes que habitarão a Terra milenar não serão Cristãos; eles serão judeus e gentios tementes a Deus sob uma economia judaica[1]. O sábado será universalmente observado novamente – não no primeiro dia da semana como no Cristianismo (Is 66:23; Mt 24:20; Ez 44:24, 45:17).
A idolatria será totalmente abolida da Terra, juntamente com toda religião falsa. Isso significa que o islamismo, hinduísmo, budismo, etc. serão expurgados da Terra. Os idólatras terão vergonha de sua idolatria naquele dia da manifestada glória de Cristo (Is 1:28-31, 2:18; Ez 37:23; Os 14:8; Mq 5:12-14; Zc 13:2-6, 14:9).
█ A lei de Jeová voltará a ser guardada, com seus estatutos e juízos[2] (Ez 36:27, 37:24, 44:24).
Na área desse grande planalto uma “oblação” ou “oferta alçada” será oferecida por Israel ao Senhor, a qual será uma porção santa de terra, medindo 25.000 x 25.000 côvados grandes (Ez 40:5, 41:8) ou 14 x 14 km (196 km quadrados). A oblação terá uma área para os sacerdotes e suas famílias, para os levitas e suas famílias, e para a cidade de Jerusalém (Ez 45:1-6, 48:8-20; Zc 14:10).
Um novo templo (santuário) será construído e se localizará na área da oblação, a poucos km ao norte de Jerusalém. Será uma “casa de oração para todos os povos” (Ez 40-42:20, 45:1-5, 48:8; Is 56:7; Ap 7:15; Sl 68:29).
Haverá uma área de 500 x 500 canas ao redor do complexo do templo (uma cana mede 3,24m – Ez 40:5) o que é 1.620m x 1.620m ou aproximadamente 2,6Km². Trata-se de uma área suficiente para 357 campos de futebol! (Ez 42:15, 20, 45:2).
O complexo do templo, dentro dessa área de 500 x 500 canas, medirá cerca de 500 x 500 côvados (um côvado mede 54cm) o que é 270m x 270m, ou aproximadamente 73.000m² É espaço suficiente para quase 10 campos de futebol! (Ez 40-42) 
É provável que o templo não seja construído com ouro e prata como o primeiro templo construído por Salomão (1 Rs 5-8). O ouro e a prata não são mencionados no projeto do templo do Milênio. Alguns têm pensado que ele seja branco, o que significaria a pureza e justiça que irão caracterizar aquele dia (Ez 40-48).
Israel e as nações gentias trabalharão juntos na construção do templo (Is 60:10; Zc 6:15; 1 Rs 5:1-10*).
Haverá somente três portões no complexo do templo (no átrio exterior). Não haverá portão para o Ocidente. Da mesma forma haverá apenas três portões para se entrar no átrio interior onde “o altar” estará localizado (Ez 40).
É notória a ausência do véu no projeto do templo do Milênio. No lugar dele haverá portas de folha dobrável na entrada (Ez 41:24 – ARA). Isto significa um grau de acesso muito maior à presença de Deus do que aquele que Israel conhecia, nos tempos do Velho Testamento, quando havia uma entrada velada à presença do Senhor (Êx 26:31). Entretanto ela será menor do que o completo acesso sem impedimento algum que os Cristãos desfrutam agora pelo Espírito através do véu rasgado (Hb 10:19-22).
Não haverá “arca do Senhor” no templo, pois a glória da presença do Senhor – simbolizada pela arca – estará lá (Ez 48:35). Algo que O represente não será necessário então (Jr 3:16).
A glória “Shekinah” (a presença visível da glória do Senhor) retornará ao templo e será vista novamente (Ez 43:1-6; Is 4:5-6).
Não haverá sumo sacerdote terrenal dentre os descendentes de Aarão exercendo o ofício no templo, pois a presença do Senhor, o Grande Sumo Sacerdote, estará lá (Zc 6:13; Hb 4:14, 5:5-6, 7:17-24. Ez 48:35).
A Terra brilhará com a glória do Senhor (Ez 43:2; Nm 14:21; Hc 2:14; Sl 72:19).
O Milênio será um longo dia sem noite. A luz da glória do Senhor brilhará com tamanho fulgor que a noite não será totalmente escura. Aparentemente também a luz da Lua irá brilhar tanto quanto a do Sol (Zc 14:6-7; Is 4:5-6, 30:26, 60:19-20; Ap 21:23-24; Êx 13:21*).
Israel louvará o Senhor (Sl 99, 145, 146-150 – os Salmos de Grande Aleluia; Is 12).
O auxílio de instrumentos musicais irá novamente ser usado na adoração ao Senhor sobre a Terra (Sl 68:25, 149-150).
Os sacrifícios levíticos serão novamente oferecidos. Esses sacrifícios serão comemorativos – uma lembrança da obra consumada de Cristo (Ez 44-46; Is 56:7; Jr 33:18; Zc 14:16-21; Ml 3:3-4).
Haverá um sacrifício perpétuo pela manhã como nos dias passados (Nm 28:34), mas não haverá o sacrifício à tarde porque não haverá mais noite (Ez 46:13-15; Zc 14:6-7).
Somente três das sete festas anuais de Jeová, dadas em Levítico 23, serão guardadas; “a páscoa”, a “festa dos pães asmos”, e “a festa dos tabernáculos”. A “festa das primícias” e a “festa do pentecostes” (festas celebradas no primeiro dia da semana) não serão mantidas. Elas falam simbolicamente da era Cristã que não está conectada com a bênção terrenal de Israel. A “festa das trombetas” e o “dia da expiação” também não serão mais observados. Isto é porque uma vez que Israel é restaurado na sua terra (do que nos fala a festa das trombetas) e seu pecado, por terem se afastado do Senhor, está julgado e confessado (ao que o dia da expiação se refere), o Senhor nunca mais trará à tona a questão da infidelidade do povo. Tudo estará perdoado e não será lembrado nunca mais (Ez 45:18-25; Zc 14:16).
Israel convocará a Terra a louvar o Senhor (Sl 34, 86:9, 96, 100, 117, 148).
Será estabelecida a adoração universal ao Senhor Jesus Cristo (Sl 66:4, 145-150, 86:9).
Muitas nações se unirão ao Senhor (Zc 2:11; Sl 47:9 “com um coração disposto” – JND]; Is 56:6).
A adoração ao Senhor Jesus Cristo será também mensal e semanal. Será de um sábado (o sétimo dia da semana) a outro sábado e não do dia do Senhor (o primeiro dia da semana) a outro dia do Senhor, como na era Cristã (Is 66:23).
Haverá constante louvor, dia e noite, no templo, tanto por parte dos judeus como também dos gentios, visto que adorarão juntos (Ap 7:15; Is 56:6-8; Sl 134:1).
Todas as nações irão a Jerusalém anualmente para adorar o Senhor e orar. Toda carne adorará o Senhor (Zc 8:20-23, 14:16; Sl 22:27; Is 2:18, 66:23).
As nações que não forem a Jerusalém, para adorar e guardar a festa dos tabernáculos, trarão sobre si mesmas juízo governamental do Senhor. Suas terras experimentarão pragas e seca (Zc 14:17-19).
Em cada nação será oferecido incenso como um memorial ao nome do Senhor (Ml 1:11).
Serão construídos um altar e uma coluna ao Senhor no Egito (Is 19:19).
Jerusalém será o centro para o aprendizado da Palavra de Deus. Todas as nações subirão para lá com este propósito (Is 2:2-3).
Os sacerdotes ensinarão a Israel o conhecimento do Senhor. Israel, por sua vez, ensinará às nações e como resultado a Terra se encherá com o conhecimento do Senhor (Ez 44:23; Sl 145:11-12; Ml 2:7; Is 2:3, 11:9, 61:6; Hc 2:14; Jr 31:33-34).
█ O poder do Espírito Santo será derramado sobre Israel em sinais e milagres (Jl 2:28-30), e eles usarão o poder deles para serem uma bênção para todo o mundo (Gn 47:7; Mq 5:6-8).






[1] N. do A.: O Cristianismo não estará em prática naquele dia. O Cristianismo foi dado por Deus para os Cristãos nesta presente era, quando a Igreja, o “um só corpo” de Cristo, está peregrinando na Terra. Quando for chamada para casa no céu, no Arrebatamento, toda essa ordem de aproximação a Deus, que foi projetada especificamente para a Igreja, não será mais necessária.

   [2] N. do A.: Isto significa que Escrituras tais como Dt 22:5 serão observadas. Haverá uma marcante distinção entre homens e mulheres. As mulheres não mais vestirão roupas masculinas, etc.

Mudanças Políticas


█ O Senhor Jesus Cristo reinará como “Rei dos reis” sobre todo o universo (Zc 14:9; Ap 19:16; Sl 2:6-8, 8:1-9, 24:7-10, 47:7; Jo 1:3).
█ O Senhor estabelecerá um governo universal sobre toda a Terra, onde a justiça reinará (Ap 11:15; Sl 72:1-7; Is 9:6-7, 11:4, 16:5, 32:16-18, 61:11).
█ Haverá paz mundial (Sl 46:9, 72:6-8, 147:14; Is 2:4, 60:18; Mq 4:3; Os 2:18; 1 Rs 5:4*).
█ A administração de todas as coisas no céu e na Terra, será conduzida por Cristo e a Igreja – “o Cristo” – Ef 1:10 – JND).
█ O domínio do reino de Cristo na Terra se estenderá de mar a mar (Sl 72:8; Zc 9:10; Sl 2:8).
█ A duração de Seu reino não terá fim (2 Sm 7:12-16; Dn 2:44, 7:14, 44; Lc 1:32-33; Sl 145:13).
█ A justiça reinará por todo o reino do Filho do Homem (Is 9:7, 11:4, 16:5, 32:15-20, 61:11, Sl 72:1-7, 45:6, 98:9; At 17:31,).
█ A Igreja (a noiva de Cristo) estará envolvida na administração da Terra. Na medida em que os Cristãos tiveram aprendido administração e justiça, enquanto estavam na Terra, será concedido a eles o privilégio de participar da administração do “mundo vindouro” (o Milênio). Eles reinarão de seu lugar na cidade celestial (Ap 20:4; 1 Co 6:2; Lc 16:9-12, 19:11-19; Mt 24:45-47, 25:14-23).
█ Aos doze apóstolos será dado um privilégio especial na participação da administração de Israel (Mt 19:28; Ap 21:14).
█ Os céus e a Terra serão reconciliados a Deus. Haverá harmoniosa comunhão entre os céus e a Terra (Os 2:21-23; Jo 1:51; Gn 28:12-15*).
█ Enquanto os santos celestiais reinam sobre a Terra a partir da Jerusalém celestial (Hb 12:22; Dn 7:18, 22; Rm 8:18-19), Israel reinará na Terra. Jerusalém será o trono das operações governamentais do Senhor na Terra (Sl 45:9-16, 2:6, 110:2; Is 2:1-4; Sl 149:5-9).
█ Israel será estabelecido como “cabeça” sobre todas as nações da Terra, de acordo com o propósito original de Deus para com eles (Dt 26:18-19, 28:13; Is 2:1-5, 60:14; Dn 3:29-30, 7:27; Sl 18:43, 47:3; At 1:6-7).
█ Como “cabeça” das nações, toda Terra será tributária de Israel. Eles “mamarão” a abundância dos gentios e será a nação mais rica do mundo, acima de qualquer comparação (Is 60:5-6, 9-11, 16-17, 61:4-6; 2 Cr 32:23*; Sl 72:10; 1 Rs 4:20-21*, 10:14-15; Zc 14:14; Mt 17:27* – um peixe do mar dá a Pedro uma moeda (estáter).
█ Os gentios servirão a Israel. Eles apascentarão seus rebanhos, lavrarão seus campos e cuidarão de suas vinhas, enquanto Israel se ocupará com o ministério do Senhor (Is 14:2, 61:5-6).
█ As nações que não servirem a Israel perecerão (Is 60:12).
█ Juízes serão estabelecidos na terra de Israel para demandarem justiça e manterem os direitos de Cristo na Terra (Is 1:26, 60:17; Mq 5:6-8; Ez 45:9; Sl 149:6-9).
█ Naquele dia ser judeu será uma honra e um privilégio, e os judeus serão famosos na Terra. “Eu lhes darei um louvor e um nome em toda terra em que foram envergonhados” (Sf 3:18-20; Is 60:14, 61:9; Zc 8:20-23). 
█ As pessoas das muitas nacionalidades que viveram nas nações Ocidentais[1] retornarão a suas terras de origem. Os países no Oeste não mais terão nacionalidades mescladas (Is 13:14; Jr 50:16).
█ Após o término dos juízos de guerra, e o Milênio começar, haverá muito mais mulheres do que homens na Terra (pelo menos na terra de Israel – Is 4:1).
█ Pessoas nas nações ocidentais serão raras como ouro. Isto ocorrerá em razão dos anjos de Deus passando por essas terras retirando os ímpios (vivos) e lançando-os no lago de fogo (o juízo da ceifa). O número de pessoas diminuirá ainda mais quando muitos dos que restarem (após os anjos terem executado o seu seletivo julgamento) retornarem por sua própria vontade para suas terras de origem (Is 13:12, 14:23, 24:6; Jr 50:3, 39, 51:2; Ap 6:3-8; Mt 13:41-42, 24:36-41).
█ Após o juízo da ceifa, as grandes cidades da Europa e da América permanecerão praticamente desabitadas durante o Milênio. As bestas do campo perambularão entre as casas e palácios dessas cidades assoladas (Is 13:19-22; Jr 50:3, 39-40, 51:26, 29, 43).
█ A diversidade de línguas entre as nações continuará durante o Milênio (Zc 8:23; Is 19:18, 66:18).
█ No Milênio o Egito e a Assíria serão nações líderes junto a Israel (Is 19:24-25).
█ Rodovias intercontinentais serão construídas em direção à nação de Israel. Serão usadas primeiramente pelos israelitas remanescentes que ainda estiverem retornando à sua terra, e em seguida por nações que subirem à Jerusalém. Haverá uma rodovia desde o norte da África, passando por Israel, até a Ásia (do “Egito até a Assíria” – Is 19:23), e uma rodovia da China (“Sinim”), passando pelo deserto (que então estará florescendo – Is 35:1), até a terra de Israel (Is 11:16, 19:23, 35:8, 49:11-12; Sl 84:5 “o homem... em cujo coração estão as rodovias” – JND).
█ A terra de Israel será limpa dos mortos que caíram na horrível matança. Um grande cemitério chamado “Hamon-gog” (a multidão de Gogue) será construído para o sepultamento das hordas russas e dos exércitos que as seguiram à batalha, e pelos israelitas apóstatas que serão julgados com o juízo do lagar. Sua localização será num enorme vale ao Oriente do mar Morto (Ez 39:11).
█ Levará sete meses para sepultar os mortos e sete anos para queimar as armas de guerra! (Ez 39:9-10)
█ Toda a terra de Israel será reconstruída após sua assolação (Is 61:4; Ez 36:10, 33-35; Jr 30:18; Am 9:14).
█ A extensão completa da herança de Israel será desde o ribeiro do Egito ao rio Eufrates. A área ampliada de sua terra terá aproximadamente 777.000 Km2. A área a oeste do rio Jordão até o mar Mediterrâneo será dividida em faixas paralelas ao longo de todo o país de acordo com as doze tribos de Israel (Ez 47:13-48:35). Provavelmente essas divisões serão usadas para fins habitacionais; a área que se estende para o Oriente até o Eufrates, provavelmente será destinada a pastagens (Sl 47:4; Gn 15:15-18; Êx 23:31; Js 4:1; Is 26:15[2], Is 54:1-3; Mq 7:11)[3].





[1] N. do A.: Babilônia, figurativamente, representa as nações ocidentais.

[2] N. do T.: Nota de rodapé da versão de JND: “ou ‘Tu estendeste todas as fronteiras da terra’

[3] “Time Chart”, C. E. Lunden, pág. 18.

A Jerusalém Terrenal


Uma área na Terra na terra de Israel de aproximadamente 80 km de diâmetro, desde “Geba” (Js 21:17) na fronteira norte, até “Rimom” (Js 15:32) em sua fronteira ao sul, se elevará em um amplo planalto. Essa área será o local da Jerusalém terrenal e do templo Milenar (Sl 68:29, 122; Zc 14:10-11). Será “elevada” nas montanhas da Judeia e tornará Jerusalém extremamente proeminente sobre a Terra. O amplo planalto também proporcionará o espaço necessário para as nações visitarem Jerusalém durante a festa dos tabernáculos. Toda a área será chamada “monte da casa do Senhor” ou “a santa oferta ao Senhor” (Ez 48:20-21; Is 2:2-3; Mq 4:1-2; Ez 40:2).
A cidade terrenal de Jerusalém será reconstruída e habitada outra vez, após sua destruição durante a indignação (Is 61:4; Jr 30:18, 31:38-40; Am 9:14).
As medidas da cidade de Jerusalém que será construída sobre este planalto, serão 4.500 x 4.500 cúbitos (grandes[1]). Isto é cerca de 3,2 km x 3,2 km (Ez 48:15-19).
Jerusalém terrenal terá doze portões (três em cada lado da cidade) como a Jerusalém celestial. Estes portões nunca se fecharão outra vez (Is 26:2, 60:11; Ez 48:30-35; Zc 14:11).
Jerusalém será a capital do mundo, o centro metropolitano da Terra (Is 2:2, 62:6-7; Sl 48; Ez 5:5; Jr 3:17; Sl 87:1-3).
Cada habitante da cidade de Jerusalém será justo naquele dia (Is 52:1, 60:21).
As crianças brincarão seguramente nas ruas de Jerusalém (Zc 8:3-8).


   [1] N. do A.: Um cúbito grande mede 56 cm. Parece que este cúbito é usado para toda a dimensão do templo em Ez 40-48.

A Cidade Celestial – Jerusalém

A Jerusalém celestial[1], que é a Igreja – a noiva de Cristo, será vista nos céus. A descrição da cidade, dada em Apocalipse 21:9-22:5, é simbólica do lugar na administração que a Igreja terá no mundo vindouro – o Milênio.
A cidade celestial terá “um grande e alto muro” de “jaspe” (diamante). Um “muro”, na Escritura, fala de separação. A cristalina resplandescência de um “diamante” fala da glória de Deus. Assim, a cidade será caracterizada pela exclusão de tudo aquilo que é inconsistente com a glória de Deus. Tudo o que não estiver de acordo com a santidade de Deus não será admitido lá.
A cidade celestial terá “doze portões” de “pérola” (Ap 21:12-13, 21). Um “portão” na Escritura é um lugar de administração e julgamento (Gn 19:1, 9; Dt 25:1, 7; Js 20:4; Rt 4:1, 10-11; Pv 31:23). O número “doze” significa perfeição administrativa (Mt 19:28, 23:53; Ap 12:1). Isto indica que o governo e administração do “mundo vindouro” (o Milênio) estarão sob Cristo e a Igreja (“o Cristo” – Ef 1:10 – JND). Nós ajudaremos o Senhor no governo do mundo (Lc 19:16-19; Mt 24:47; Hb 2:5-8). A “pérola” indica que a Igreja será manifestada como algo precioso ao coração de Cristo (Mt 13:45-46). Assim, o mundo irá aprender naquele dia que Cristo amou a Igreja e Se deu a Si mesmo por ela (Ef 5:25). O mundo também conhecerá que a Igreja é amada pelo Pai, assim como o Pai ama o Filho (Jo 17:23).
Os nomes das “doze tribos dos filhos de Israel” estarão escritos nos portões (Ap 21:18). Isto não significa que Israel se tornará parte da Igreja, mas que Israel restaurado estará sob a administração da Jerusalém celestial (Nota: Não é dito deles estarem na cidade, mas nos muros fora da cidade). A execução do governo de Deus na Terra será por meio de Israel (Mq 5:8), e os doze apóstolos terão um lugar especial nessa administração (Mt 19:28).
A cidade celestial será de “ouro puro” semelhante “a vidro puro” (Ap 21:18). Isto indica que será toda de Deus, do que nos fala o puro ouro. Ser “puro” significa que toda impureza nos santos terá desaparecido. Sendo como “vidro puro” significa que seu estado será de uma imutável santidade e pureza.
Os “fundamentos do muro da cidade” serão de várias “pedras preciosas” (Ap 21:19-20). Haverá uma variedade de pedras na cidade, sendo todas preciosas. Isto fala de vários indivíduos tendo suas distintas glórias refletidas.
A medida da cidade celestial será “quadrada” como um cubo de aproximadamente 2.200 km cada lado se tomados literalmente. Entretanto o livro de Apocalipse deve ser interpretado de maneira simbólica (Ap 1:1 – “significou”[2] – TB). Isto indica que o governo universal dos céus e da Terra será executado com perfeição administrativa.
Não haverá templo na cidade celestial “porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro” (Ap 21:22).
Haverá uma “praça [rua – TB] de “ouro puro” na cidade (Ap 21:21). Uma “rua” – que é o meio pelo qual se passa da companhia de uns para os outros – fala de comunhão e comunicação. Na cidade celestial haverá apenas uma rua. Isso significa que a comunhão e a comunicação lá serão todas divinas (“puro ouro”). Assuntos mundanos e carnais não serão discutidos lá.
Na cidade celestial haverá “um rio puro da água da vida” (Ap 22:1). Isto fala da abundância de bênçãos fluindo para todos.
No meio da praça (rua) haverá “a árvore da vida” (Ap 22:2). Isto indica que Cristo será o alimento de vida para a cidade. Ele sustentará cada um com tudo que é necessário para perfeito gozo e felicidade. As “folhas” da árvore serão “para a cura das nações”. Isto significa que a bênção não será confinada à cidade celestial. As nações na Terra irão receber bênçãos vindas de Cristo também. As nações que estiveram em guerras e lutas por milhares de anos irão ser curadas de disputas e discórdias naquele dia.
Não haverá “noite” na “cidade celestial”. Não haverá necessidade de uma luz criada (o Sol) ou de uma luz refletida (a Lua), ou uma luz artificial (uma vela), porque a sempre existente glória de Deus será a luz lá. A cidade será resplandecente de glória divina (Ap 21:23-24, 22:5).
Os santos celestiais reinarão sobre a Terra (Dn 7:18, 22; Hb 12:22; 2 Co 5:1).
Os santos celestiais serão como o Senhor moralmente porque a natureza caída pecaminosa deles desaparecerá (1 Jo 3:2).
Os santos celestiais serão como o Senhor fisicamente também (Fp 3:21). O corpo deles será glorificado como o d’Ele. Como o Senhor estará no “orvalho da Tua mocidade” e eles serão feitos como Ele, serão restaurados ao primor da vida (Sl 110:3). Os santos envelhecidos cujas faculdades mentais e físicas estiveram outrora falhando, terão sua vitalidade juvenil renovada e grandemente aprimorada em seus corpos glorificados. Eles nunca verão a morte ou corrupção novamente (1 Co 15:42-57; 2 Co 5:1-4).
Sendo glorificados, os santos celestiais terão suas capacidades físicas e mentais grandemente aumentadas. Terão a capacidade de, dos céus visitar a Terra e se deslocarem pela Terra num momento, como demonstrado pelo Senhor quando Ele ressuscitou de entre os mortos (Lc 24:30-35). Terão também a capacidade de passar através de objetos físicos tais como paredes, etc. (Lc 24:36-43; Jo 20:19-29). Não terão, contudo, onisciência, onipotência ou onipresença, os quais são atributos que pertencem somente à deidade.
O Senhor será visível e adorado por aqueles na cidade celestial (Ap 22:4).
A Jerusalém celestial será visível sobre a Jerusalém terrena (Is 4:5-6; Ap 21:9-22:5).




   [1] N. do A.: Existem três “Jerusalém” que não devem ser confundidas: Jerusalém celestial (Hb 12:22; Ap 21:10-22:5), que é a Igreja estabelecida em administração nos céus no Milênio; Jerusalém terrena (Jr 3:17, 30:18; Sl 48; Ez 48:15-20), que é o lugar de habitação do príncipe e de outros santos, provavelmente da família real de Davi durante o Milênio; e a nova Jerusalém (Ap 21:2), que é a cidade dos santos no Estado Eterno. Todas são chamadas santas (Ap 21:2, 10; Jl 3:17)

[2] N. do T.: “Significar é indicar por meio de sinais ou indícios” – Michaelis – Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa

O Dia de Cristo

█ O Senhor manifestará Sua noiva (a Igreja) para o mundo. Ela terá um lugar de proximidade a Ele em Seu reinado sobre a Terra. Ele será glorificado e admirado em Seus santos celestiais enquanto o mundo contempla isso. Isso é chamado de “o dia de Cristo” (2 Ts 1:10; Ap 21:11 – “fulgor” (ARA); Fp 1:6, 10; 2:16; 1 Co 1:8, 3:13, 5:5; 2 Co 1:14; Jo 8:56).
█ O Senhor, tendo tomado Sua herança (todas as coisas criadas) “em poder” (Mc 9:1 – JND), irá compartilhá-la com a Igreja, Sua noiva (Ef 1:11-23; Rm 8:17; Sl 2:8; 1 Co 3:21-23).
█ Os galardões dos Cristãos recebidos no tribunal de Cristo serão manifestados diante de todo o mundo no “dia de Cristo”. Haverá graus de glória dados a eles em relação ao serviço que prestaram por Ele quando viveram na Terra[1] (Mt 25:19-23; 1 Pe 1:7).




[1] J. N. Darby, “Collected Writings”, vol. 25, pág. 136.

As Duas Esferas no Reino


O reino de Cristo terá duas esferas: a esfera celestial, chamada de “o reino do Pai”, e a terrenal, chamada de “o reino do Filho do Homem” (Mt 13:41-43, 26:29; Dn 7:13-14). O reino do Pai consistirá de todos os santos da época do Velho Testamento, da época da Igreja (a noiva de Cristo) e da porção dos judeus e gentios martirizados durante a tribulação. Eles são santos celestiais. (Em suma, todos aqueles que foram arrebatados e os que participaram da primeira ressurreição). O reino do Filho do Homem é a esfera terrena. Será composto da porção poupada do remanescente judeu que serão preservados durante a tribulação, das tribos de Israel que tiverem sido reunidas e das nações gentias (Ap 7; Gn 22:17; Dn 7:22).

O MILÊNIO - (O Reino de 1.000 anos de Cristo)


Havendo estabelecido o Seu reino em poder, o Senhor “volta às alturas” de onde irá reger sobre o mundo todo (Sl 7:7, 22:28, 47:5, 7-8, 103:19; Zc 14:9; Ap 7:15 – TB; 22:3).
O Senhor Se assentará sobre o Seu trono nos céus como Sacerdote e Rei, como o verdadeiro “Melquisedeque” (Zc 6:13; Sl 103:19, 110:4; Hb 5:5-6).
Ele reinará em paz por 1.000 anos. Esse período é chamado Milênio (Ap 20:4; Lv 23:33-44* – “a festa dos tabernáculos”[1]).




   [1] N. do A.: Na terra de Israel, a festa dos tabernáculos – que é uma figura do Milênio – acontecia após a colheita e a vindima (a colheita das uvas), e a ordem na profecia é exatamente a mesma. Veja Dt 16:13.

O Julgamento em Sessão


O Senhor estabelecerá então o “trono da Sua glória” na Terra e todas as nações que restarem serão reunidas diante d’Ele.
Essas serão as nações fora da terra profética; as nações na terra profética já terão sido julgadas por essa época no julgamento da ceifa[1]. Este é o julgamento em sessão do Senhor. (Parece que representantes das várias nações serão trazidos perante o trono, e não todas as pessoas na Terra. As nações serão julgadas como nações, mas os resultados serão individuais). O critério pelo qual serão julgados está relacionado à maneira como trataram os mensageiros (“Meus irmãos”) do evangelho do reino (Mt 24:14). O Senhor separará “os justos” dos iníquos, “como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”. As nações que se mostraram justas entrarão nas bênçãos materiais do reino milenar de Cristo na Terra. As nações que se mostraram injustas serão enviadas. para o “castigo eterno” – o lago de fogo (Mt 25:31-46).
Os 1.335 dias contados a partir da metade da semana estarão agora encerrados. Todo adversário e malfeitor terá sido derrubado (Dn 9:27, 12:12; 1 Rs 5:4*).





[1] N. do A.: Alguns têm pensado que Edom seria uma das nações “bodes”, porque será totalmente removida da face da Terra. No entanto, Edom está na terra profética, e eles terão sido julgados quando o “trono da Sua glória” for estabelecido.

Satanás Acorrentado


█ Satanás e seus anjos serão acorrentados e confinados no abismo por 1.000 anos – a duração do Milênio (Ap 20:1-3; Is 24:21-22* – “muitos dias”).

As Conquistas dos Exércitos de Israel


Havendo retornado a Jerusalém, o Senhor, então, guiará os exércitos da nação restaurada de Israel para saírem à luta e subjugar qualquer inimigo que ainda restar naquele que é seu território de direito – assim como nos dias em que Josué liderou os filhos de Israel nas conquistas. A batalha se estenderá a ponto de atingir a terra da Assíria (Mq 5:5-6). Nessa ocasião Israel tomará posse da total extensão de sua herança prometida, desde o rio do Egito até ao rio Eufrates (Gn 15:15-18; Êx 23:31; Js 1:4; Sl 47:3, 108:7-13, 144:1; Is 11:14; Jr 51:20-23; Ez 25:14; Ob 17-21; Mq 4:13, 5:5-6, 8; Ez 39:10; Zc 10:3-5, 12:6, 14:14; Nm 24:17-19; 2 Sm 8:1-13*; Et 9:1-19*; Sl 118:10-12, 18:34-48; Ml 4:3.).
Edom receberá o golpe final pelos exércitos de Israel. Não restará nem uma pessoa sequer! Eles serão totalmente extintos, como nação, da face da Terra (Ez 25:14; Ob 18; Is 11:14; Nm 24:18-19).
Os filisteus também receberão o seu golpe final pelos exércitos de Israel. Como Edom, nunca mais existirão como nação na Terra (Is 11:14; Sf 2:5; Am 1:8; 2 Sm 8:1*).
Moabe e Amom serão subjugados e colocados sob tributo por Israel. Será permitido, a um remanescente deles, que permaneça na Terra durante o vindouro reino milenar de Cristo (Is 16:14; Jr 48:47, 49:6; 2 Sm 8:2*).
O Senhor porá fim a toda guerra e violência (Sl 46:9; 147:14; Is 2:4; Os 2:18; Mq 4:3; Zc 9:10; 1 Rs 5:4*).
Desse momento em diante, a nenhum opressor será permitido perturbar Israel novamente (Jl 3:17; Na 1:15; Is 60:18)

O Juízo da Vindima - (o Lagar)

O Senhor também bramará de Sião (Jerusalém) quando vier pisar o lagar da ira de Deus. Esta é a vindima ou juízo do lagar. Gogue (Rússia), que liderará o ataque, cairá nas montanhas de Israel (Ap 14:17-20; Is 26:21; Ez 38:13-23, 39:1-5; Is 10:33-34, 27:1, 33:10-12, 37:36, 63:1-6; Jl 3:16).
█ Os “rebeldes” entre as dez tribos de Israel que foram peneirados dentre os israelitas que têm fé e deixados na fronteira da terra, serão julgados pelo Senhor no julgamento da vindima. A “vinha da terra” será lançada no lagar e pisada pelo Senhor (Ap 14:17-20).
O Senhor, em feroz indignação, esmagará as fileiras das nações que seguem Gogue, enquanto Ele marcha pela terra, desde Jerusalém até a terra de Edom – onde os exércitos sob Gogue se reuniram. Isto terá a extensão de aproximadamente 320 km (Hc 3:12; Ap 14:20; Jl 3:12).
█ Edom (provavelmente parte da Arábia) será a eira do Senhor para as nações que seguem Gogue. Ali Ele pisará as nações na Sua ira, e as esmagará na Sua fúria. A matança dos exércitos será tão grande que o derramamento de sangue chegará ao freio na boca dos cavalos! Este será o dia da vingança do Senhor (Is 34:1-10, 63:1-6, 66:15-18; Jl 3:12-16; Ob 15-16; Ap 14:20; Mq 4:11-12).
O mau cheiro do cadáver deles subirá da Terra e as aves de rapina descerão dos ares para comer sua carne (Is 34:3; Ez 39:4).
O Senhor enviará também um fogo devorador e uma grande tormenta para a terra da Rússia e para muitas partes distantes do planeta. Isso consumirá muitos incrédulos nessas regiões. “E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra” (Jr 25:32-33, 30:23; Ez 39:6-7; Sf 3:8; Is 66:16).
█ Os gentios que são poupados dos juízos assoladores do Senhor, voltarão às suas terras e às partes distantes da Terra para declarar as novas da glória do Senhor. As nações ouvirão e temerão; e ajudarão os israelitas restantes a voltarem para sua terra (Is 11:11-12, 66:19-20).
Os juízos do Senhor em Edom sobre as nações reunidas (os confederados com Rússia) serão tão severos que a própria terra de Edom será deixada em um perpétuo estado de desolação. Ela permanecerá estéril e assolada de geração em geração e servirá como uma lembrança para todos que possam vir a pensar em se rebelar durante todo o Milênio (Is 34:5-15; Jl 3:19; Ml 1:3).
O Senhor retornará a Israel, vindo de Edom, após haver, sozinho, pisado o lagar (Is 63:1-6).