Acontecimentos Proféticos - Cronologicamente Ordenados do Arrebatamento ao Estado Eterno -B. Anstey
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sábado, 11 de abril de 2020
A Ideia do Arrebatamento Parcial
Alguns Cristãos acreditam que haverá um Arrebatamento parcial. Isso é
absurdo e não é necessário comentar a respeito. Poderíamos imaginar o Senhor
levando só uma parte de Sua noiva para o céu? O que faria no céu com metade de
uma noiva? Como poderiam acontecer as bodas do Cordeiro com a presença de só
metade da noiva? De qualquer forma, em que Escritura isso se baseia?
Vamos agir assim: “ponde tudo à
prova, retende o que é bom [o
correto – JND]” (1 Ts 5:21 – TB).
3) Mateus 24:29-31
Outra Escritura que é usada está em Mateus 24:29-31. “Logo depois da tribulação daqueles dias,
escurecerá o Sol, e a Lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os
poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do
homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do Homem
sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos
com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os
quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (AIBB). É ensinado que
a vinda do Senhor nesta passagem se refere ao Arrebatamento e, consequentemente,
pessoas estabelecem o momento do Arrebatamento como sendo “depois da tribulação daqueles dias”. Eles concluem que a Igreja,
portanto, deverá passar pela tribulação.
Entretanto, “a trombeta”
soada aqui não é a “trombeta de Deus”
que soará no arrebatamento, mas aquela relatada em Isaías 27:13; Salmo 81:3,
etc., chamando as dez tribos de Israel de volta à sua terra. Além disso, os “escolhidos” aqui não são a Igreja, mas
os escolhidos de Israel (Mt 24:24; Is 45:4, 65:9; Ap 7:1-8; Rm 11:28, etc.).
No fundo desse mal-entendido está na confusão do Arrebatamento com a
Aparição. Algumas das principais diferenças são:
- A vinda do Filho do Homem nunca é chamada de Arrebatamento,
mas sempre de Aparição de Cristo.
- O Arrebatamento é a vinda do Senhor para os Seus: (Jo 14:3); ao passo que a
vinda do Filho do Homem é a vinda do Senhor com
os Seus na Sua Aparição (1 Ts 3:13, 4:14; Jd 14).
- O Arrebatamento é um mistério que não se
tornou conhecido até os tempos do Novo Testamento (Jo 14:2-3; 1 Co 15:51-52; 1
Ts 4:15-18); mas a vinda do Filho do Homem é algo bem conhecido pelos santos do
Velho Testamento, porque os profetas falaram disso. (Dn 7:13-14).
- O Filho do Homem é um título que o Senhor toma
quando vem julgar o mundo. No Arrebatamento, o Senhor não vem para julgar o
mundo, mas para levar Sua noiva ao céu.
- No Arrebatamento o Senhor não envia Seus anjos
para ajuntar Seus santos (a noiva); Ele próprio vem para tomar Sua Igreja para
Si mesmo (1 Ts 4:16; 2 Ts 2:1).
2) Apocalipse 11:15
Outra Escritura citada para provar que a Igreja deva passar pela
tribulação é Apocalipse 11:15. “E tocou
o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo
o sempre”. Este versículo mostra que quando a sétima e última trombeta
tocar no fim da grande tribulação, o Senhor virá (Sua Aparição) e tomará posse
dos reinos deste mundo por meio de julgamento. Tem sido suposto que “a sétima trombeta” é a mesma que a “última trombeta” (1 Co 15:52) que é
falada no Arrebatamento (1 Ts 4:15-18; 1 Co 15:51-52) e, portanto, a Igreja
estará na Terra para passar pela hora da provação, descrita em Apocalipse 6:11,
a qual acontece antes da sétima trombeta, em Apocalipse 11:15.
É ensinado que a Igreja será levada para encontrar o Senhor nos ares, no
mesmo momento que Ele vem do céu para julgar o mundo.
Esta interpretação é muito problemática, porque a Palavra de Deus nos ensina
que uma série de coisas deve acontecer desde o tempo em que a Igreja é levada
para o céu até quando o Senhor voltar do céu para julgar o mundo, como
Apocalipse 11:15 mostra. Seria impossível de todas essas coisas acontecerem naquele
curto espaço de tempo (“um piscar de olhos”
1 Co 15:52 – JND) que esta interpretação possibilita existir. Após tomar Seu
povo para a casa do Pai acima (Jo 14:2-3) no Arrebatamento, o Senhor irá
fazê-los sentar à Sua mesa onde os servirá com gozo e felicidade celestial
indizível (Lc 12:37). Então o tribunal de Cristo será estabelecido e a vida dos
crentes irão passar em revisão e eles serão adequadamente galardoados (2 Co
5:10, etc.). Os santos também terão um tempo para louvar a Deus e o Senhor
Jesus Cristo em redor do trono no céu. Neste momento eles depositarão suas
coroas aos Seus pés em humilde adoração a Ele (Ap 4-5). Então, as bodas do
Cordeiro acontecerão nos céus que será seguida pela ceia das bodas com os
muitos convidados celestiais (os amigos do Noivo) presentes (Ap 19:7-9). Todas
essas coisas devem acontecer depois
de o Senhor levar Seu povo para o céu no Arrebatamento e antes de Ele retornar em Sua Aparição. Como poderia tudo isso
acontecer se os santos fossem levados aos ares e, então, imediatamente trazidos
de volta com o Senhor em Sua Aparição?
1) 2 Tessalonicenses 2:2-3
“Não vos movais facilmente do
vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra,
quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto [o dia do Senhor é presente – JND]. Ninguém, de maneira alguma, vos engane,
porque não será assim sem que
antes venha [sem que tenha vindo
primeiro – JND] a apostasia e se
manifeste [e tenha se manifestado
– JND] o homem do pecado, o filho da
perdição”. Esta Escritura tem sido tomada para significar que o dia que o
Senhor vem para Sua Igreja (o Arrebatamento) não acontecerá até que o anticristo
e a apostasia durante a grande tribulação tenham se manifestado. Como o
anticristo se levanta na tribulação, e o “dia
do Senhor” acontece depois disso, então a Igreja terá que estar na
tribulação.
O erro aqui é supor que “o dia
do Senhor” é o Arrebatamento. A Escritura diz que o “dia do Senhor” começa na Aparição de Cristo e não no
Arrebatamento. Ela diz: “antes de chegar
gloriosamente o grande dia da Aparição do Senhor” (At 2:20 – JND). Há pelo
menos 20 referências ao “dia do Senhor”
na Palavra de Deus. Algumas delas se referem ao seu começo, na Aparição de
Cristo (2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10; 1 Ts 5:2, etc.). Outras são advertências de esse
dia estar “perto”, indicado pelo
ataque do rei do norte, que acontecerá logo antes do início desse dia (Jl 1:15,
2:11; Sf 1:7-20; Zc 14:1-2, etc.). Mas não há Escritura dizendo que o
Arrebatamento dos santos ocorra no “dia
do Senhor”. Se os que discordam disso insistirem que o Senhor leva a Igreja
ao céu no dia do Senhor, então apresentem a Escritura que afirme essa afirmação.
Tais suposições vêm de não examinar cuidadosamente as Escrituras (At 17:11; 2
Tm 2:15).
O “dia do Senhor” é um período
de julgamento que começa na Aparição
de Cristo (2 Pe 3:4, 8-10); ele não começa no Arrebatamento. O “dia do Senhor” é o período quando
Cristo irá publicamente intervir nos caminhos do homem na Terra, afirmando Seu
poder universal e autoridade em julgamento. Esse dia irá se estender por 1.000
anos (2 Pe 3:8-10 – o Milênio). O Senhor não estabelecerá publicamente Seus
direitos na Terra, intervindo em julgamento no Arrebatamento; Ele levará a
Igreja para o céu e deixará o mundo continuar com seu mal, momento em que o
mundo ocidental receberá o anticristo. O Arrebatamento nunca é visto como um
dia de julgamento para este mundo, mas como o momento quando o Noivo e a noiva são
alegremente unidos.
Entendendo essas coisas simples e básicas a respeito do “o dia do Senhor”, poderemos ver imediatamente
que Paulo não estava falando sobre o Arrebatamento em 2 Tessalonicenses 2:2-3.
Ele estava mostrando aos Tessalonicenses que “o dia do Senhor” e os julgamentos que o acompanhavam, não poderiam
estar presentes entre eles, pois o surgimento do anticristo e a grande
apostasia da Cristandade professa tinham que acontecer antes.
Infelizmente, há pessoas que ainda estão propondo o mesmo erro que
estava incomodando os tessalonicenses. Eles estão perturbando os Cristãos,
dizendo-lhes que deveriam se preparar para a tribulação porque a Igreja iria
passar por ela. E, ironicamente, eles estão usando hoje os mesmos três métodos (em princípio) para propor
seu erro como os falsos mestres estavam fazendo nos dias de Paulo!
- Primeiro, “por espírito” (v. 2) – os falsos
mestres reivindicavam que tinham recebido uma revelação espiritual dada a eles
pelo Senhor.
- Segundo, “por Palavra” (v. 2) – os falsos
mestres estavam aplicando erradamente a Escritura do Velho Testamento para
apoiar seus ensinamentos errados.
- Terceiro, “por epístola, como que de nós” (v. 2) – isto é, eles, na realidade, tinham ido tão longe a ponto de produzir uma epístola com suas ideias erradas nela e dizendo que a epístola era de Paulo.
Aqueles que ensinam essas doutrinas erradas também dizem que receberam
isso por meio de alguma revelação especial de Deus. Estão também tentando usar
as Escrituras para apoiar suas ideias e estão usando inclusive o ministério de
Paulo (tal como nesta passagem) e dizendo que ele ensinava que a Igreja deveria
passar pela tribulação.
Outra razão porque essa interpretação é incorreta, é que ela destrói a
iminência da vinda do Senhor. A vinda do Senhor (o Arrebatamento) está sempre
presente na Escritura como algo que poderia acontecer a qualquer momento. Os
que pensam que a Igreja deva passar pela tribulação depreciam a ideia de que
Ele poderia vir a qualquer momento, porque pensam que isto é uma violação
direta à interpretação deles a respeito de 2 Tessalonicenses 2:2-3, que afirma
que o anticristo tem que surgir antes. Entretanto, Paulo e os outros apóstolos
se esforçavam para colocar a proximidade da vinda do Senhor diante da Igreja de
modo que isto seria uma esperança presente. Paulo disse, “Mas a nossa cidade (ou cidadania) está nos céus, donde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido,
para ser conforme o Seu corpo glorioso” (Fp 3:20-21). Ele também disse, “Porque ainda um poucochinho de tempo, e O
que há de vir virá, e não tardará” (Hb 10:37). “Porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando
aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado” (Rm 13:11-12). “Isto, porém, vos digo, irmãos: que o tempo
se abrevia” (1 Co 7:29). “Porque o
mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares” (1 Ts 4:16-17). Neste último versículo, Paulo se coloca
entre os que estão esperando pela vinda do Senhor, quando diz “nós” (Veja também 1 Co 15:51-52 – “nós”). Isso era algo que ele esperava
mesmo naqueles dias do início da Igreja. Tiago também, disse, “Porque já a vinda do Senhor está próxima.” (Tg 5:8) Pedro disse, “Eis que já está próximo o fim de todas as
coisas” (1 Pe 4:7). João disse, “Filhinhos,
é já a última hora” (1 Jo 2:18). Isto mostra que os apóstolos ministraram
de um tal modo que colocavam, diante deles, a vinda do Senhor como algo iminente.
Ensinar que alguns eventos devam acontecer antes que o Senhor venha,
tais como, a revelação do anticristo e os horrores da tribulação, seria uma
direta contradição ao ensino dos apóstolos. Destruiria a iminência da “bendita esperança” (Tt 2:13 – ARA).
O triste efeito de tirar a “bendita
esperança” da Igreja irá fazer com que nos acomodemos neste mundo. Isto é
exatamente o que aconteceu numa grande medida. É essencialmente dizer, “O meu Senhor tarde virá” (Mt 24:48).
Por esta mesma razão, o Senhor nunca nos disse quando iria retornar. Mas disse, “Certamente cedo venho” (Ap 22:20).
Três Escrituras Incorretamente Usadas para Dar Suporte ao Erro de que a Igreja Irá Passar Pela Tribulação
Num esforço de ser de ajuda para alguém que ainda possa ter tido
dificuldade neste ponto, selecionamos três
principais Escrituras que têm sido erroneamente usadas para ensinar que a Igreja
irá passar pela tribulação. Em cada uma dessas passagens nosso desejo é
mostrar, com a ajuda do Senhor, como o erro ocorreu e qual é o verdadeiro
significado da passagem. A maior parte da confusão sobre este ponto tem se
originado de Cristãos que leram as Escrituras de uma forma descuidada e sem
estar em oração.
18) O Julgamento de Jericó (Js 2-6)
A sentença do juízo foi pronunciada sobre Jericó e o povo de Canaã (Êx
23:27). Antes de o juízo ter caído sobre aquela cidade, Deus proveu um meio de
proteção no “cordão de fio de escarlate”
para todos os que tinham fé (Js 2). Isto figurativamente prediz a história do
juízo prestes a cair neste mundo culpado e condenado. Deus em misericórdia
proveu um abrigo para todos os que creem no evangelho – sob o sangue de Cristo.
No capítulo 6 o juízo caiu sobre Jericó como foi avisado. Mas antes disto ter
acontecido, Josué colocou um fim na jornada dos filhos de Israel pelo deserto, trazendo-os
para a terra prometida a eles (Js 3-5). É significativo que os capítulos que
tratam de Israel sendo trazido para a terra de Canaã (Js 3:4) venham antes que
o julgamento caia em Jericó (Js 6).
Antes que o julgamento caia
neste mundo, o Senhor Jesus Cristo, a semelhança do que fez Josué, irá encerrar
a longa jornada da Igreja pelo deserto deste mundo, chamando-a para a Canaã
celestial. É notável que o juízo de Jericó tenha acontecido na época da ceifa
(Js 3:15 – ARF). O juízo deste mundo é também chamado de ceifa (Mt 13:39-42 –
ARA; Ap 14:15-20; Jl 3:9-16 – TB).
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