Ao termos um esboço simples do livro do Apocalipse, aprendemos vários
pontos que claramente mostram que a Igreja não estará na Terra quando juízos da
tribulação forem derramados. Há três
divisões gerais do livro dadas no capítulo 1:19:
- “As
coisas que tens visto” referem-se ao que o apóstolo João viu no
capítulo 1.
- “As
que são” referem-se aos capítulos 2 e 3, que contêm as mensagens do Senhor às
sete igrejas, sendo uma história moral da Igreja professa na Terra, desde o
tempo dos apóstolos até seus últimos dias.
- “As que depois destas hão de acontecer”, referem-se aos capítulos 4 a 22, onde a tribulação é descrita. Esta terceira divisão é chamada “depois destas coisas” (Ap 4:1), porque trata com coisas que terão lugar depois da Igreja ter acabado a sua história na Terra.
É instrutivo ver que depois dos capítulos 2 e 3, uma porta no céu se
abre e João é chamado: “Sobe para aqui”
(Ap 4:1 – TB). Isso é uma pequena figura da Igreja sendo chamada acima para o
céu após ter acabado seu curso aqui na Terra, pela vinda do Senhor (o Arrebatamento).
Do capítulo 4 ao fim do livro, a Igreja não é mais vista na Terra, como foi nos
capítulos 1 a 3. Quando os juízos da tribulação são derramados do capítulo 6 ao
19, a Igreja não é mencionada sequer uma vez!
Também aqueles que irão ser martirizados por sua fidelidade durante a
tribulação, mostram, pelo caráter de suas orações, que eles não são Cristãos
(Ap 6:9-10). Primeiramente, o modo
como eles se dirigem a Deus como “verdadeiro
e santo Dominador” mostra que não podem ser Cristãos, pois estes não se
dirigem a Deus dessa forma. Os Cristãos se dirigem a Deus como seu Pai (Ef 1:2;
Cl 1:2). Em segundo lugar, eles oram
por vingança sobre os habitantes da Terra que os perseguiram. Isto é correto e
próprio para um judeu (isto é, os salmos imprecatórios), mas certamente não é a
atitude de um Cristão. O Cristão abençoa os que o maldizem e ora pelos que o aborrecem
(Lc 6:27-28), mas não invoca juízo sobre seus perseguidores (Rm 12:19-21).
No capítulo 7 nos é dito quem surgirá no fim da tribulação – os
eleitos de Israel (vs. 1-8) e a grande multidão de gentios (vs. 9-17). Mas não
há menção a Cristãos! Eles não saem na tribulação porque eles não entraram nela.
Como mencionado, a Igreja é chamada para o céu antes que a tribulação comece
(Ap 4:1).
Note também que, quando a Igreja é vista na Terra (nos capítulos 2 e 3),
a expressão “quem tem ouvidos ouça o que
o Espírito diz às igrejas” é repetida várias vezes. Mas depois que a Igreja
é vista como tirada (Ap 4:1), quando a tribulação está transcorrendo, a
expressão é um tanto alterada. É dito, “se
alguém tem ouvidos, ouça” (Ap 13:9) A frase “o que o Espírito diz às igrejas” é propositadamente excluída! A
razão óbvia por isso é que a Igreja é considerada como já tendo sido tirada do
mundo e o Espírito não está mais Se dirigindo a ela.
Então finalmente, no capítulo 19:11-21, no fim da tribulação, vemos a Igreja
como parte dos exércitos celestiais (os santos celestiais) vinda dos céus com o
Senhor em Seus julgamentos guerreiros. Para ela vir dos céus com o Senhor (1 Ts
3:13-4:14; Jd 14, etc.) ela teve que ser levada aos céus anteriormente. A única
coisa que corresponde a isso é o Arrebatamento que – como temos demonstrado –
acontecerá antes de a tribulação
começar.
Além disso, se todos os santos crentes são levados para estar com o
Senhor no final da tribulação, como alguns acreditam, quem iria então ser
deixado para povoar a Terra no Milênio? Com os ímpios sendo lançados em eterna
perdição, a Terra ficaria vazia de pessoas! (Os santos arrebatados para estar
com o Senhor nos ares não voltarão para viver na Terra. Irão reinar sobre da Terra, nos “mais altos lugares” – Dn 7:22 – JND, 27; 2 Co 5:1).
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